O deputado federal Merlong Solano (PT) usou as redes sociais na manhã desta sexta-feira (15) para cobrar a redução do preço da gasolina no Piauí e elevou o tom contra o presidente do Sindipostos-PI, Alexandre Cavalcante, afirmando que ele “comanda um cartel que está roubando o povo do Piauí”.
A declaração do deputado ocorreu diante da não redução do preço da gasolina, como era aguardada após a diminuição da alíquota do ICMS e 31% para 18% no estado do Piauí.
Desde o dia em que entrou em vigor o novo ICMS no estado, em 12 de julho, a gasolina, que custava em média R$ 6,69 nos postos de combustíveis de Teresina, reduziu apenas R$ 0,30, muito aquém de R$ 1,13 cobrado pelo Governo do Estado.
“Senhor Alexandre, presidente do SINDIPOSTOS, tem que mostrar o decreto em que a governadora Regina Sousa teria aumentado o preço de referência do ICMS dos combustíveis. Mostrar ou então confessar que mentiu e que comanda um cartel que está roubando o povo do Piauí, especialmente de Teresina”, disse Merlong Solano em postagem no Instagram na manhã desta sexta-feira (15).
Entenda o caso
Um dia após a governadora Regina Sousa (PT) ter sancionado a lei, reduzindo o ICMS no Piauí de 31% para 18%, o presidente do Sindicato dos Donos de Postos Revendedores de Combustíveis no Piauí (Sindipostos-PI), Alexandre Cavalcante, disse à imprensa que o decreto nº 21.406 anularia os efeitos da redução do ICMS.
Ainda na terça-feira, 13 de julho, Alexandre Cavalcante assumiu que interpretou, equivocadamente, o decreto e pediu desculpas pelo erro.
“Quando eu vi a publicação no Diário Oficial, tem um detalhe que diz que poderá mudar a base de cálculo, e qual é a condicionante para mudar a base de cálculo? Derrubar a liminar do ministro André Mendonça. O ministro André Mendonça limitou o teto da base de cálculo a média dos últimos 60 meses do PMPF [Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final], é uma decisão do Supremo, então o que a governadora fez? Ela deixou uma porta aberta para, no momento em que essa decisão do ministro for revista, se for revista, o estado esteja apto para mexer na base de cálculo. O que é que ficou claro: o Estado quer mudar a base de cálculo e não o fez porque o ministro André Mendonça proibiu essa mudança. Quando eu notei o meu equívoco eu saí compartilhando nos grupos que eu participo, avisando aos repórteres que eu errei, fiz uma interpretação precipitada e estou aqui dizendo que admito meu erro, não foi nada de maneira intencional. Errei e admito meu erro”, frisou Alexandre Cavalcante.
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