A Justiça suspendeu temporariamente a reintegração de posse que estava sendo feita por oficiais, em conjunto com a Polícia Militar do Piauí na manhã desta terça-feira (24), na Ocupação Mirante do Uruguai, localizada entre os bairros Planalto Uruguai e Dom Avelar, na zona leste de Teresina.
A suspensão foi orientada pelo juiz João Gabriel Furtado Baptista, da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, que pediu que a PM não desse prosseguimento com a ação para evitar um confronto direto com os moradores.
![Moradores ateiam fogo em forma de protesto](/media/image_bank/2022/5/moradores-ateiam-fogo-em-forma-de-protesto.jpeg.950x0_q95_crop.webp)
Em entrevista ao GP1, Leonardo do Nascimento, representante dos moradores, relatou ao GP1 que mais de 70 famílias residem na área ocupada, incluindo crianças e idosos. O representante afirmou que o terreno ocupado é de propriedade da Prefeitura de Teresina.
“São cerca de 76 famílias que vivem aqui. A gente recebeu hoje pela manhã essa visita inesperada dessa guarnição a mando do juiz e do prefeito. Nós estamos apenas reivindicando o direito de moradia, para que a gente possa ter uma moradia digna e de qualidade. O prefeito disse que não iriam tirar nós há dois meses e agora acabamos surpreendidos com isso. Esse terreno é da prefeitura, a gente quer saber para onde nós vamos, porque não tem estratégia para a gente. Hoje essa área ocupada tem rua, casas, água, tudo feito. Queremos permanecer aqui”, explicou.
Protesto feito pelos moradores
Os moradores da ocupação resistiram a reintegração de posse e queimaram pneus e fecharam uma avenida em protesto pela ação da PM. Equipes do Batalhão de Choque e Corpo de Bombeiros do Piauí estiveram no local, mas não conseguiram convencer a população a deixar a área da Prefeitura de Teresina.
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