A Justiça suspendeu temporariamente a reintegração de posse que estava sendo feita por oficiais, em conjunto com a Polícia Militar do Piauí na manhã desta terça-feira (24), na Ocupação Mirante do Uruguai, localizada entre os bairros Planalto Uruguai e Dom Avelar, na zona leste de Teresina.
A suspensão foi orientada pelo juiz João Gabriel Furtado Baptista, da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública, que pediu que a PM não desse prosseguimento com a ação para evitar um confronto direto com os moradores.
Em entrevista ao GP1, Leonardo do Nascimento, representante dos moradores, relatou ao GP1 que mais de 70 famílias residem na área ocupada, incluindo crianças e idosos. O representante afirmou que o terreno ocupado é de propriedade da Prefeitura de Teresina.
“São cerca de 76 famílias que vivem aqui. A gente recebeu hoje pela manhã essa visita inesperada dessa guarnição a mando do juiz e do prefeito. Nós estamos apenas reivindicando o direito de moradia, para que a gente possa ter uma moradia digna e de qualidade. O prefeito disse que não iriam tirar nós há dois meses e agora acabamos surpreendidos com isso. Esse terreno é da prefeitura, a gente quer saber para onde nós vamos, porque não tem estratégia para a gente. Hoje essa área ocupada tem rua, casas, água, tudo feito. Queremos permanecer aqui”, explicou.
Protesto feito pelos moradores
Os moradores da ocupação resistiram a reintegração de posse e queimaram pneus e fecharam uma avenida em protesto pela ação da PM. Equipes do Batalhão de Choque e Corpo de Bombeiros do Piauí estiveram no local, mas não conseguiram convencer a população a deixar a área da Prefeitura de Teresina.
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