O empresário Adolfo Pablo Menescal Mourão, proprietário da Sucata Adolfo, localizada na zona sul de Teresina, foi preso durante uma operação do GAECO do Maranhão, em conjunto com a Delegacia de Polícia Interestadual (POLINTER), no Piauí, acusado de integrar uma organização criminosa. As ações foram iniciadas ainda nessa quinta-feira (28), com a prisão de Adolfo, e continuaram nesta sexta-feira (29), com as interdições das duas lojas do empresário, localizadas nos bairros Santa Luzia e Vermelha, zona sul da Capital do Piauí.
As investigações foram iniciadas ainda no ano de 2021, pelo GAECO do Maranhão, no âmbito da Operação Mormaço, que identificou um sistema de lavagem de dinheiro sofisticado, com a utilização de empresas para o escoamento dos valores resultantes de negócios com drogas ilícitas, armas de fogo, veículos e peças de automóveis, além de outras atividades.
“Essa ação se iniciou a partir da Operação Mormaço deflagrada pelo GAECO no ano passado e, a partir daí foram se embasando denúncias contra uma organização criminosa que envolvia lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Nessa ação, o promotor que atua em São Luís perante a Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados fez um pedido de interdição das lojas Adolfo Autopeças 4x4 e da Adolfo Auto Peças, que foram interditadas hoje, além de ter sido expedido o mandado de prisão que foi cumprido ontem”, explicou o promotor de Justiça, Francisco Fernando de Morais Meneses Filho, que é membro do GAECO do Maranhão, em entrevista ao GP1.
Ainda de acordo com o promotor, a prisão preventiva do empresário foi decretada em virtude do descumprimento de medidas estabelecidas pela Justiça. “Primeiro, ele foi preso nessa na Operação Mormaço, foi uma prisão temporária de 30 dias e depois foi solto sob condições, mas descumpriu essas condições que foram impostas. Então, houve reiteração de descumprimento, o que levou os magistrados lá em São Luís na Vara Especial Colegiada a decretar a prisão preventiva dele”, contou, Francisco Fernando.
O delegado Marcelo Dias, coordenador da POLINTER, contou que o empresário era investigado, ao mesmo tempo, tanto pela Polícia Civil do Piauí quanto pela Polícia Civil do Maranhão.
“O Adolfo é um uma pessoa que já estava sendo investigado há muito tempo, tinha várias passagens pela polícia e tanto a Polinter fazia essa investigação como o GAECO e a DECCOR de Timon, no Maranhão. Com isso, no ano passado a gente fez uma grande operação aqui nas sucatas dele, onde a gente encontrou vários motores de picapes roubados, carcaças de veículos roubados. A gente juntou bastante prova da materialização e como já havia esse inquérito também no Maranhão a gente passou essas provas, porque eles estavam adiantados nessa parte de lavagem de dinheiro e ontem saiu essa decisão de São Luís, da prisão do Adolfo, e dessa interdição dos bens”, relatou.
Adolfo Pablo Menescal Mourão foi preso em Teresina e encaminhado para o Presídio Jorge Vieira, em Timon, sob força de mandado de prisão expedido pelo juízo da Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados de São Luís do Maranhão.
A prisão do empresário e a interdição das lojas fazem parte da 3ª fase da Operação Sucata 2, do Piauí, e da 2ª fase da Operação Mormaço do Maranhão.
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