Germana Chaves
Thais Guimarães
O vereador Deolindo Moura (PT) concedeu entrevista à imprensa na manhã desta quarta-feira (23) e falou sobre a crise no transporte público de Teresina. O parlamentar defende que a prefeitura rompa imediatamente o contrato com as empresas que constituem os consórcios e afirmou que a população teresinense não pode mais ficar refém dos “tubarões do transporte”.
Deolindo lembrou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal de Teresina que, em relatório concluído em agosto de 2021, recomendou a rescisão com as empresas de ônibus. “A Câmara Municipal deu uma resposta através da CPI e, certamente, nós esperamos uma resposta através da Prefeitura Municipal de Teresina, tendo em vista que ela é o poder concedente”, declarou.
Para o vereador, a saída seria a rescisão com as empresas e o cadastramento emergencial de transportes alternativos, que possam suprir a demanda na Capital, até a formalização de uma nova licitação.
“Acreditamos que esse contrato tem que ser rompido, logicamente chamado um [contrato] emergencial com todo cidadão que tenha um ônibus, seja de turismo, seja de outras cidades, que prestam o serviço. Eu sei que não fica bonito e que não tem o conforto necessário, mas garante emergencialmente o direito da população poder ir trabalhar, estudar e fazer o seu dia-a-dia. E em um segundo momento, chamar uma nova licitação e garantir que a gente tenha um transporte de mais qualidade para a população”, detalhou.
Na opinião do parlamentar, os empresários estão explorando o serviço a mais de 30 anos de maneira inadequada. O vereador chamou os donos das empresas de “tubarões do transporte”.
“Há mais de 30 anos esses empresários exploram esse serviço de forma inadequada e nós precisamos resolver essa situação. Mais do que nunca, a hora é agora, é tirar esses empresários, e que virem precatórios essas contas que tem da gestão passada, para que a gente possa virar essa página e garantir para a população aquilo que ela merece com um transporte de mais qualidade. Não podemos continuar reféns dos tubarões do transporte coletivo de Teresina por mais 30 anos”, concluiu.
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