Mais de 1.200 professores da rede municipal de ensino de Teresina realizaram uma assembleia para discutir a greve, na manhã desta quinta-feira (10), no Teatro de Arena, localizado na Praça da Bandeira, centro da Capital. Os servidores cobram o reajuste do piso salarial em 33,23%, além do rateio de 70% do Fundeb, aprovados e regulamentados pelo Governo Federal no início desse mês.
Os profissionais da educação estão em greve desde a última segunda-feira (07). Em entrevista ao GP1, a servidora Olivia, professora da rede municipal há 14 anos, explicou que tanto o aumento no piso, como o rateio do Fundeb, já foram regulamentados pelo Governo Federal e são garantidos por lei, no entanto, ela afirmou que a Prefeitura de Teresina ainda não se posicionou sobre a garantia desses direitos aos professores.
“Nós estamos em greve em busca do que já foi legitimado pelo Governo Federal, que é a Lei do Fundeb, que diz respeito ao piso salarial, que hoje está regulado em 33,23%. Essa lei já deveria estar sendo cumprida desde primeiro de janeiro, que é a vigência dela, e estamos lutando por nosso direito, que é a regulamentação e o cumprimento da lei, além dessa lei do piso salarial, o que a gente vai cobrar é que o reajuste seja linear, a nossa busca é pelo piso linear para toda categoria, além do piso nós estamos também lutando pelo rateio do Fundeb, que é algo que já foi legitimado pelo Governo Federal. A gente só quer que a lei seja cumprida, estamos com esse movimento enorme em busca dos nossos direitos”, relatou a servidora.
Perda de direitos
A professora ainda comentou que os servidores estão cansados de perder direitos. Segundo ela, a classe está sendo desvalorizada pelo poder público e cobrou do prefeito Dr. Pessoa um posicionamento sobre as cobranças feitas pelos servidores.
“A gente está em busca dos nosso direitos. Já chega de retirada de direitos, nós não temos mudança de nível no período regular, fomos tirados 20 minutos com relação ao recreio, além disso tem várias outras várias retiradas de direitos e nós não aceitamos essa desvalorização e precarização do nosso trabalho. Se alguém for nas escolas, elas estão todas sucateadas. A greve é legal e vamos continuar nesse movimento até que algum representante do prefeito ou o próprio prefeito se posicione e peça para a Câmara assinar essa lei do piso e nos dê o que é de direito com relação ao rateio do Fundeb”, finalizou.
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