O delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (31), que o idoso Miguel Ferreira de Matos, 68 anos, que morreu após ser espancado no último sábado (29), na zona sudeste de Teresina, foi vítima de um latrocínio. Miguel era primo do delegado Marcão.
Segundo o delegado Bruno Ursulino, a vítima estava em sua residência, quando percebeu que dois criminosos haviam roubado uma de suas ovelhas. O idoso então foi atrás dos bandidos e acabou sendo espancado por eles. Miguel ainda chegou a ir para casa, consciente, mas acabou falecendo depois.
“Pelo que nossa equipe averiguou, uma dupla que passou em uma motocicleta, furtou a ovelha que era criada pela vítima. A vítima percebeu no momento e iniciou um acompanhamento em seu veículo. Os suspeitos, quando perceberam que estavam sendo perseguidos pela vítima, abandonaram o animal. A vítima encostou o veículo, desceu, e os suspeitos aproveitaram a oportunidade para agredir a vítima. A vítima foi bastante agredida, principalmente na região da cabeça”, relatou o delegado.
De acordo com o delegado do DHPP, o idoso Miguel Ferreira de Matos ainda chegou a ser socorrido por populares e levado a sua residência, onde acabou falecendo.
“A vítima foi socorrida por populares que se encontravam no local, foi levada até em casa e em razão de não ter tido atendimento, a gente acredita que pode ter acelerado o processo, que possa ter levado ao óbito. O que foi relatado é que a vítima disse que estava com sede e após beber água veio a falecer”, informou Bruno Ursulino.
Latrocínio
O delegado Bruno Ursulino ressaltou que pela violência com que o crime foi praticado tudo leva a crer que o crime se trata de um latrocínio (roubo seguido de morte). Ele explicou ainda que aguarda o laudo cadavérico para identificar qual agressão levou ao óbito da vítima.
“Tudo indica que sim, tendo em vista que teve a questão da violência. A gente percebe que há relatos que havia uma arma de fogo, mas na vítima não havia nenhuma marca de disparo de arma de fogo. O que foi verificado é que ela foi bastante agredida, principalmente na região da cabeça. Estamos aguardando o laudo cadavérico para que confirme a natureza dessas agressões, bem como saber o que essas agressões levaram de fato a causar a morte da vítima”, destacou o delegado do DHPP.
Crimes rotineiros
O delegado do DHPP afirmou também que vai fazer um levantamento na área para verificar se a dupla que matou o idoso já tem o costume de roubar animais na área onde aconteceu o crime, com o intuito de identificá-los.
“Nós estamos verificando todos os Boletins de Ocorrência do Distrito Policial da área para verificar se há alguma outra ocasião que se assemelhe a esse crime. A gente sabe que muitas vezes pode ser uma demanda específica. Vamos fazer esse levantamento hoje ainda para arrecadar informações pertinentes nesses boletins”, completou o delegado Bruno Ursulino.
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