Renato Rodrigues
O Flamengo-PI não conseguiu repetir o feito de 2021 no Rivengo deste ano e deixou o troféu Arimatéia Moreira com o Galo, após a vitória tricolor por 1 a 0, no último sábado (29), no estádio Lindolfo Monteiro, pelo Campeonato Piauiense.
A condição física dos atletas, que no começo da semana apresentavam fortes sintomas gripais, cobrou contra um elenco saudável. Jorge Saran, técnico rubro-negro, não economizou palavras em sua avaliação e foi claro em dizer que a partida não deveria sequer ter acontecido.
“Eu só tenho que enaltecer esse grupo de jogadores, esses rapazes têm que ganhar um prêmio por tudo o que aconteceu durante a semana. Eles não tinham condições nenhuma de entrar em campo, a gente vem dizendo isso desde segunda-feira. Isso que foi feito aqui, não existe, não pode, nem com a comissão técnica nem com os jogadores. Esse jogo não poderia ter acontecido”, disse Saran.
“Nós fizemos um treino durante a semana, porque ninguém aguentava, todo mundo com febre, resfriado, nove jogadores. E fazer a partida que eles fizeram aqui, correr o que eles correram, lutaram, honraram a camisa, eles estão de parabéns, nem vou falar sobre o jogo, só tem que enaltecer o grupo de jogadores por tudo o que aconteceu”, completou o técnico.
Durante os primeiros 15 minutos da partida no Lindolfo, o Fla-PI conseguiu gerar incômodo ao time adversário. Com uma defesa bem postada, no esquema de três zagueiros e com Tonhão e Gebson dividindo o fardo de marcar Adeílson e Gleisinho funcionou, até a equipe cansar. No ataque, Caio era acionado a todo momento pelo lado direito, e concentrou ali as ações ofensivas do Leão, mas sem conseguir marcar. Saran apontou a necessidade de peças para o elenco flamenguista.
“Primeiro, nós precisamos ter jogadores, não adianta a gente esconder isso, que está sendo falado desde o dia que eu cheguei. Agora chegaram três jogadores, mas os caras estão há quatro meses parados, aí é obrigado a usá-los no jogo e eles não têm condições, eles podem entrar e jogar 15 a 20 minutos. Nós precisamos de mais jogadores do meio para frente. Nosso setor defensivo nós não estamos tendo problemas”
Sal grosso no Leão?
Vai se criando um clima terrível no Flamengo. Ainda sem marcar gols no campeonato, consequentemente, sem vencer uma partida, a equipe de Saran vive momentos, no mínimo, intrigantes. Na estreia, o time perdeu o atacante Lucka, que se lesionou na partida contra o 4 de Julho e vive com desfalques no setor ofensivo. A isso, soma-se a lesão de Eduardo, recém-contrato. Para o técnico, é preciso “rezar para tirar essa zica”.
“Nós demos um baita azar, o Lucka com 15 minutos de jogo, na estreia, se machucou e praticamente está fora do campeonato. Nosso único jogador de ataque, junto com o Caio. Aí, quando nós conseguimos colocar o Eduardo no BID, ele vai brincar com o cachorro, o cachorro o machuca, e dá uma lesão no joelho dele, mais dois ou três jogos fora. Vínhamos hoje, o ônibus deu problema, chegamos atrasados. Tem coisa acontecendo que a gente tem que rezar muito para tirar essa zica”, disse Saran.
Questionado sobre se a solução seria um bom banho de sal grosso, o técnico coloca a solução no campo, nos 11 contra 11.
Agenda
O Flamengo-PI volta a campo na próxima quinta-feira (3), para enfrentar o também lanterna Corisabbá. A partida acontece no estádio Lindolfo Monteiro, a partir das 20h.
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