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Teresina - Piauí

Promotor vai pedir revisão de pena do assassino de Camilla Abreu

Allisson foi condenado a 17 anos de cadeia por matar e ocultar o corpo de Camilla, que era sua namorada.

O promotor João Mendes Benigno Filho, que atuou na acusação do caso Camilla Abreu, vai ingressar com pedido de revisão de pena do ex-capitão Allisson Wattson da Silva Nascimento, que foi condenado a 17 anos de cadeia por matar a estudante, que era sua namorada. O GP1 conversou com o promotor e com o pai de Camilla Abreu, o senhor Jean Abreu, que querem uma pena maior para o assassino da jovem.

O representante do Ministério Público avalia que Allisson Wattson deveria ter sido condenado a pelo menos 30 anos de prisão. O promotor lembra que daqui a dois anos o ex-capitão será beneficiado com a progressão de pena.


Foto: DivulgaçãoCamilla Abreu e capitão Allisson Wattson
Allisson Wattson matou e ocultou corpo de Camilla Abreu

“Ele tinha que sair com a pena de pelo menos homicídio qualificado, que era de 30 anos. As penas são benéficas aos acusados, tem a progressão de regime, ele faz quatro anos que foi preso agora, com mais dois ele vai para o regime semiaberto, é como se não tivesse sido condenado, ele pode fazer um concurso público, pode arrumar um emprego, acho que ele só não volta para a polícia, porque não é possível que a Polícia Militar ainda aceite ele”, ressaltou Benigno Filho.

Foto: Lucas Dias/GP1Promotor Benigno Filho
Promotor Benigno Filho

Ainda segundo o promotor, no pedido será questionado a redução da pena pelo fato de Allisson Wattson ter confessado o crime. “Não entendi, não quero entrar no mérito na juíza, ela deu a sentença, eu não aceitei e vou recorrer. Já estou com minha equipe pronta, desde segunda-feira a gente se debruça. Até o Supremo Tribunal Federal já decidiu, não existe confissão qualificada quando o cidadão comete um crime e confessa para poder se beneficiar de uma pena menor”, declarou.

Pai pede justiça

Foto: Lucas Dias/GP1Jean Abreu
Jean Abreu

O senhor Jean Abreu também conversou com nossa reportagem, e demonstrou indignação com a pena decretada pela juíza Rita de Cássia da Silva. “Aquele caso do cabo Claudemir, ela nem matou o rapaz e pegou 19 anos, e o Allisson matou, ocultou o corpo, trocou banco do carro e tudo e pegou 17 anos, e como já cumpriu quatro, em três anos ele está solto, aí pronto. Quem perdeu foi ela, e ele já vai estar na rua de novo e eu não duvido ele ainda voltar para a polícia”, lamentou o pai de Camilla Abreu.

Condenação

Allisson Wattson foi condenado pelo Tribunal Popular do Júri no último sábado (25), e a juíza Rita de Cássia da Silva fixou a pena em 17 anos, 7 meses e 21 dias de reclusão e 4 meses e 20 dias de detenção. Houve um abatimento pelo tempo em que o réu ficou preso preventivamente, que foram 4 anos, por isso ele terá que cumprir pouco mais de 13 anos de cadeia.

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