Wanessa Gommes
Jonny Cardoso Pereira vai a julgamento pelo Júri Popular acusado de assassinar sua esposa, Cíntia Maria Alves da Cruz, 32 anos, no dia 12 de junho de 2020. A sentença de pronúncia foi dada pelo juiz de Direito Auxiliar Roberth Rogerio Marinho Arouche, da Vara Única de União, no dia 1º de julho.
O magistrado destacou em sua decisão que "há indícios suficientes de que a conduta do acusado se amolda ao tipo penal elencado na inicial".
Inicialmente, o acusado contou que a mulher havia cometido suicídio, contudo, no decorrer do processo, ele confessou que efetuou o disparo de forma acidental. No entanto, o juiz ressaltou que depoimentos prestados em juízo pelos vizinhos do casal e familiares da vítima e do próprio acusado apontaram que ele era ciumento em relação à vítima que vivia acuada sob o domínio do denunciado.
O juiz então pronunciou Jonny Cardoso que será julgado por homicídio duplamente qualificado (utilizar recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido e feminicídio).
Liberdade
No dia 28 de abril, o juiz Roberth Rogerio concedeu liberdade provisória a Jonny aplicando-lhe medidas as seguintes medidas cautelares: proibição de ausentar-se da Comarca onde reside; permanecer recolhido em sua residência no período noturno das 18h às 06h e integralmente durante os finais de semana e feriados; fornecimento de endereço onde estabelecerá sua residência, o endereço do local de trabalho, escola ou aquele no qual poder ser encontrado, durante o período em que se submeter à monitoração eletrônica à Central de Monitoramento Eletrônico - CME, bem como, número de telefone próprio; carregar diariamente a bateria do(s) aparelho(s), nos períodos devidos e informados quando da colocação do aparelho; abster de portar armas de quaisquer espécies; não frequentar bares e/ou estabelecimentos do gênero; privar-se de ingerir bebidas alcoólicas publicamente; atender imediatamente as determinações da Central de Monitoramento Eletrônico - CME.
Relembre o caso
Uma mulher identificada como Cíntia Maria Alves da Cruz, 32 anos, foi encontrada morta com um tiro no rosto em uma rede dentro de sua residência na noite de 12 de junho de 2020, no município de União, situado a 59 km de Teresina.
Conforme o delegado da Polícia Civil de União, Francírio Queiroz, o principal suspeito do crime é o marido da vítima, identificado Jonny Cardoso Pereira, de 35 anos. Inicialmente, ele disse para a polícia que sua esposa cometeu suicídio, porém, a versão foi contestada.
De acordo com a Polícia Militar, a arma encontrada próximo ao corpo era uma espingarda bate bucha artesanal.
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