O Ministério Público do Estado do Piauí instaurou procedimento administrativo com objetivo de fiscalizar os contratos firmados pelo prefeito de Valença do Piauí, Marcelo Costa (Progressistas), com duas empresas para aquisição de quase R$ 4 milhões em combustíveis. A portaria foi assinada pelo promotor José William Pereira Luz no dia 28 de maio. O caso foi denunciado em reportagem do colunista do GP1, jornalista Herbert Sousa.
Segundo o Ministério Público, o Posto Berlengas LTDA, uma das empresas contratadas, tem como um dos sócios administradores Luciano Coelho de Oliveira, apontado como um dos coordenadores da campanha do prefeito Marcelo Costa. Ela foi contratada por R$ 1.876.150,00 (um milhão, oitocentos e setenta e seis mil, cento e cinquenta reais).
Além disso, também foi vencedora da licitação a empresa Posto Valetim, cuja razão social é A C Araújo Ximenes Comércio de Petróleo. A empresa também foi contratada por R$ 1.876.150 (um milhão, oitocentos e setenta e seis mil, cento e cinquenta reais).
Juntos, os contratos comam R$ 3.752.300,00 (três milhões, setecentos e cinquenta e dois mil e trezentos reais). Os contratos foram assinados no dia 8 de março e os extratos foram publicados no Diário Oficial dos Municípios do dia 10 de março de 2021.
Confira os extratos dos contratos
Outro lado
Procurado pelo GP1 na manhã desta segunda-feira (07), o prefeito Marcelo Costa disse que a licitação é apenas uma previsão de gastos e que Luciano Coelho não foi coordenador de sua campanha.
"Uma licitação é publicada 15 dias antes do dia da licitação. Foi aberta a licitação e as empresas que concorreram, ganharam a licitação. Licitação é uma previsão de gastos, não quer dizer que vai ser gasto isso tudo. Eu não vejo problema nenhum em responder o Ministério Público. Vamos responder o Ministério Público", disse.
O prefeito garantiu ainda que Luciano Coelho não foi coordenador de sua campanha. "Em relação a coordenação de campanha, minha coordenadora de campanha era a vereadora Iris Moreira. O rapaz lá é um eleitor. Se ele votou, foi pelos ideais dele. Eu não posso impedir que as empresas do meu município concorram a uma licitação. Agora eu acho que não tem viabilidade de uma empresa da Capital ou de outras cidades concorrer a uma licitação de combustíveis em outro município. Mas não tem problema, vamos responder ao Ministério Público", completou.
Ver todos os comentários | 0 |