Brunno Suênio
Jeyson Moraes
Motoristas e cobradores de ônibus do Consórcio Theresina realizaram uma manifestação na manhã desta quarta-feira (30), no centro de Teresina, em protesto aos seis meses de salários atrasados. A mobilização dos trabalhadores começou na Praça Rio Branco e seguiu até o Palácio da Cidade, sede da Prefeitura Municipal de Teresina.
Em entrevista ao GP1, o diretor de Previdência e Assistência Social do Sintetro, Francisco Sousa, declarou que as empresas que compõem o Consórcio Theresina, que atende toda zona sudeste da capital e mais alguns bairros, fecharam suas garagens e mandaram todos os trabalhadores para casa.
“A situação atual está pior do que há alguns dias, porque agora estamos completando o sexto mês de salários atrasados. O trabalhador já esgotou todos os seus recursos para pôr comida na mesa. Durante todo esse período, nós tivemos conversa com a empresa, mas infelizmente a empresa tomou a atitude de trancar a garagem com cadeado e mandar seus trabalhadores irem para casa”, declarou Francisco Sousa.
O atraso no pagamento de salários atinge aproximadamente 200 funcionários, entre motoristas, cobradores, mecânicos e trabalhadores de escritório que atuam nas empresas do Consórcio Theresina.
Conversa com o prefeito Dr. Pessoa
O diretor comentou que o intuito da manifestação é chamar a atenção do poder público para a situação atual dos trabalhadores do transporte coletivo na Capital, que estão com seis meses de salários atrasados e sem perspectiva de pagamento.
“Nós vamos sair em passeata até a Prefeitura de Teresina para ver se a gente consegue ter uma conversa com o prefeito e pedir que ele tome as providências necessárias, porque ele é o gestor, ele tem que fiscalizar e administrar o transporte público. As empresas dizem que a prefeitura que está devendo, já a prefeitura diz que não deve. Enquanto isso o trabalhador está desamparado, sem salário, e o passageiro sem ônibus”, disse Francisco Sousa.
Trabalhadores com fome
Francisco Sousa ainda alertou que vários trabalhadores do transporte coletivo já estão passando por situações graves de falta de comida por conta dos salários atrasados.
“Vai chegar um momento em que vamos testemunhar em Teresina trabalhador morrer de fomo porque não tem dinheiro para comprar sua alimentação e colocar na mesa. A fome já bateu, temos relatos de trabalhadores que já estão com a luz atrasada, sem dinheiro, estão pedindo aos vizinhos, está uma calamidade, não é justo com uma cidade rica como Teresina ter trabalhador passando fome por falta de humanidade dos empresários e compromisso do município em resolver o problema da categoria, que é essencial para todos”, finalizou.
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