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Teresina - Piauí

Celso Henrique diz que não aceita expulsão do DEM e entra com recurso

"Expulsão eu não aceito porque é uma maneira de perseguição", avisou o suplente de vereador.

O suplente de vereador de Teresina, Celso Henrique, recém-expulso do Democratas, entrou com recurso no Diretório Estadual do partido, no dia 26 de junho, para tentar reverter a decisão. Ele apontou algumas falhas no processo que o excluiu do DEM e disse que existe um clima de perseguição dentro da sigla por parte dos dirigentes municipais.

Uma das supostas irregularidades apontadas por Celso é o fato de que a direção municipal por não estar registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI), na época da expulsão, torna nula a decisão. Ele afirmou ainda que não vai aceitar ser expulso por se tratar de um ato de perseguição.


Foto: Lucas Dias/GP1Celso Henrique
Celso Henrique

“Resolvemos entrar com recurso porque tem algumas falhas na forma dos procedimentos adotados pela atual gestão municipal. Primeiro, que houve um prazo muito longo da última comissão provisória que foi de dezembro de 2020 e somente agora, tiveram a preocupação de fazer uma nova nomeação, no mês de junho onde assumiu o atual presidente”, argumentou Celso.

“Ele chega com um bom período depois da eleição que aconteceu em novembro e agora que ele vem com tomada de posição. Outra coisa, na data de 7 de junho, ele iniciou os procedimentos só que a nominata dele ainda não estava registrada. Ou seja, a direção não estava registrada junto ao TRE. Somente foi registrada em 22 de junho. Aí já é uma questão de nulidade [da expulsão]. Expulsão eu não aceito, porque é uma maneira de perseguição”, reforçou o suplente.

Celso alegou ainda que vinha sendo tratado de forma diferente dos demais filiados, o que vai de encontro ao art.30 do Código de Ética do Democratas, pois não era convidado para participar das reuniões e deliberações do partido, mesmo tendo ajudado a formar a chapa que conseguiu eleger 2 vereadores.

Circo

Na avaliação de Celso o único objetivo da direção do Democratas era montar um circo e que alguns filiados estão avaliando deixar a legenda por conta da insegurança que a decisão de expulsão causou internamente.

“As pessoas estavam mais com intenção de fazer um circo do que realmente crescer o partido. Tenho recebido muitas manifestações de pessoas bem antigas no DEM e que não estão aprovando essa forma da atual direção, do atual comando no Piauí. Inclusive, uns tendem sair do partido porque essa postura criou uma insegurança grande”, advertiu Henrique.

Judicializar

Celso Henrique frisou que se não tiver uma avaliação justa de seu recurso, vai à Justiça por não aceitar o processo de expulsão sem uma justificativa plausível e pela desobediência, de acordo com ele, aos trâmites cabíveis em um processo desta natureza.

“Ao invés do partido querer crescer, quer perseguir os filiados, as pessoas que são referência. Perseguição junto aos dois vereadores, eu fico preocupado. Entrei com recurso e espero que o presidente Ronney Lustosa avalie e se ele não avaliar, nós vamos judicializar. Aí sim depois eu vou pedir minha desfiliação do partido, mas eu mesmo. Expulsão eu não aceito porque é uma maneira de perseguição com medo, acho até, da gente ascender no partido”, concluiu Celso.

Vereador expulso

Assim como Celso, o vereador de Teresina pelo DEM, Markim Costa, também foi expulso da agremiação. A justificativa foi a desobediência às orientações do partido, uma vez que, os dois líderes decidiram apoiar o prefeito Dr. Pessoa (MDB) nas eleições de 2020. O Democratas, por sua vez, teria ordenado apoio ao ex-candidato Kleber Montezuma (PSDB), que ficou em segundo lugar no pleito passado. Já o vereador Capitão Roberval Queiroz, embora tenha se declarado aliado do prefeito da Capital, recebeu apenas uma advertência.

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