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Teresina - Piauí

Carlos Daniel nega irregularidade na contratação da empresa Premium

A Premium havia sido desclassificada da licitação, mas atua no Consórcio Poty, da zona norte da capital.

O ex-superintendente da Strans, Carlos Daniel, foi ouvido por vereadores na CPI do Transporte Público na manhã desta terça-feira (15). Carlos Daniel explicou porque a Strans autorizou a entrada da empresa Premium no sistema.

Ele nega irregularidades na prestação de serviço da empresa. A Premium havia sido desclassificada da licitação, mas atua no Consórcio Poty, da zona norte da capital.


Foto: Lucas Dias/GP1Carlos Daniel, ex-superintendente da Strans
Carlos Daniel, ex-superintendente da Strans

"O consórcio da zona Norte teve muitas dificuldades. Em nenhum momento chamei qualquer empresa para trabalhar no sistema. Houve um momento que a empresa Cidade Verde foi contratada pela zona leste e em certo momento entrou no consórcio da zona Norte para ajudar. Isso com o aval da Strans. A empresa é da zona Leste e passou a ajudar a zona Norte, o consórcio Poty. A deficiência continuava e dez carros novos entraram no sistema”, explicou Carlos Daniel.

Todo o processo, conforme o ex-gestor, ocorreu de forma legal. “Esses carros novos depois soubemos que era outra empresa, que colocou os carros para rodar. Pelo mesmo motivo que demos autorização para a Cidade Verde entrar, demos aval para essa empresa entrar no consórcio entrar. Isso para melhorar o atendimento em cada zona. Isso dentro dos tramites legais com parecer e tudo. Veio das empresas para Strans para colocar esses carros", continuou.

Ônibus fora do consórcio

Ainda de acordo com Carlos Daniel. o consórcio pediu para acrescentar dez ônibus para rodarem, mas a Strans não tinha conhecimento de que a empresa havia alugado os veículos.

Foto: Lucas Dias/GP1Carlos Daniel é ouvido na CPI do Transporte Público
Carlos Daniel é ouvido na CPI do Transporte Público

"O consórcio pediu autorização para colocar dez ônibus para rodar. Não vou adivinhar que eles não fizeram negócio. Depois que o cara tirou os ônibus, porque o próprio consórcio não pagou esse rapaz, que era tipo um aluguel, foi que convocamos o consórcio e pedimos uma solução imediata. A solução foi a empresa Transcol colocar ônibus na zona Norte. Depois que eles resolveram esse problema, foi que eles fizeram tratativas para dizer que tinha uma empresa de fora. Eles colocaram ônibus e não disseram que era de outra empresa. Eles foram penalizados e notificados várias vezes", seguiu o ex-gestor.

Gratuidades

Carlos Daniel citou ainda a questão das gratuidades o sistema de transporte coletivo, que refletem no valor da passagem. O ex-gestor destacou que a prefeitura pagava subsídios para os empresários para cobrir o valor das gratuidades, tarifa de estudantes e equacionar o preço para população mais carente.

“Na realidade o subsídio da prefeitura era para bancar uma tarifa social. Hoje a pessoa que mora no Porto Alegre paga a mesma coisa de alguém que mora na Gil Martins. Quem mora mais longe tem o poder econômico menor do que quem mora mais perto. A tarifa é social, além de ter havido o problema do estudante. Na gestão do prefeito Firmino Filho em função da dificuldade financeira das famílias resolveu optar que os estudantes continuassem indo para na escola com uma tarifa menor”, afirmou Carlos Daniel.

"A empresa não cometeu ilícito. Quando se compra um ônibus se financia. As empresas solicitaram autorização para aquele ônibus rodar. Entregam ônibus para as empresas daqui operarem. Ele alugava os ônibus, mas empresas não pagaram o aluguel. Ele não fez ilícito. O que houve foi que uma parte não pagou. Quando aconteceu isso, a empresa disse que só iria operar se fosse legalizado. Eles entraram oficialmente na Strans e pediram para entrar de forma legal", disse o ex-gestor.

Foto: Lucas Dias/GP1Vereador Enzo Samuel
Vereador Enzo Samuel

Solução

O vereador Enzo Samuel afirmou que é necessário resolver o problema além de apontar os culpados. “Enquanto se discute quem é o culpado e quem não é, o usuário está sofrendo lá na ponta. O que a gente quer é acabar esse sofrimento do usuário que espera por horas o ônibus, que não tem corredor exclusivo em todas as vias para dar mais celeridade. Está sofrendo o usuário, o empresário que está deixando de fortalecer sua empresa, a gente tem que procurar uma solução para resolver o quanto antes. Não tenho problema em falar de rescisão contratual, a gente quer é resolver o problema”, finalizou.

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