O delegado Menandro Pedro, responsável pelo inquérito que apura a morte do lutador de boxe Jonas de Andrade Carvalho, mais conhecido como “Guerreiro da Luz”, ocorrida durante um evento clandestino no último dia 24 de abril, tomou o depoimento do organizador do evento, José Claudio, na manhã desta quarta-feira (05), na sede do 7º Distrito Policial.
Segundo o delegado Menandro Pedro, José Claudio foi à delegacia, acompanhado de dois advogados, e se reservou ao direito de permanecer em silêncio.
“Ele chegou com a defesa dele, dois advogados. Eles sabem que nós já temos mais de 20 depoimentos, elementos e provas robustas e, então, preferiu ficar calado, falar somente diante do juiz, mas ele já é um dos sete indiciados. Quanto aos crimes, dependo do laudo cadavérico e da perícia criminal, na hora que for para apresentar terei todos os crimes que eles vão responder”, disse.
Organizador do evento desafia autoridades
Dois áudios atribuídos ao organizador do evento foram anexados ao inquérito policial e neles, conforme o delegado Menandro Pedro, José Claudio desafia as autoridades, demonstrando que “ele tinha noção e sabia que tudo o que ele estava programando para fazer no dia 24 era ilegal”, frisou.
“Eu já colhi depoimentos e testemunhas que já me confirmaram que se trata de um áudio dele, que demonstra que ele não respeita nenhuma autoridade do Estado. Pela maneira que ele fala, ele tinha noção e sabia que tudo o que ele estava programando para fazer no dia 24 era ilegal. Aquele cidadão Jonas, que não tinha a menor condição técnica e física para participar da luta, infelizmente veio a óbito”, pontuou.
Confira o áudio abaixo
Indiciamento
Conforme o delegado Menandro Pedro, além dos quatro profissionais de saúde, dois organizadores do evento e o adversário de Jonas, identificado com Jonatas, já foram ouvidos e serão indiciados no inquérito, que poderá ser finalizado até o próximo dia 26 de maio.
“Hoje, o treinador do Jonatas também foi ouvido. Eles receberam ligações do promotor do evento que pediram que eles não dissessem que havia bebida alcoólica na ocasião, mas isso já está provado, já comprovamos. Ou seja, um evento que fornecia bebida alcoólica, mas não tinha sequer equipamentos de primeiros socorros e outra, a luta terminou por volta de 21h30 e o Jonas só foi socorrido às 23h30, então você vê que se tivesse um aparato, poderia ter salvo uma vida. Tudo isso está constando no inquérito, um documento robusto com várias testemunhas e todas elas confirmam”, finalizou.
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