Renato Rodrigues
A agora professora de Geografia, Letícia Braz, defendeu seu trabalho de conclusão de curso com a temática dos homicídios na capital piauiense. Aluna do campus Clóvis Moura da Universidade Estadual do Piauí, localizado na região do Grande Dirceu, Letícia mapeou através de dados da Secretaria de Segurança Pública o número de assassinatos na cidade.
De acordo com a pesquisa realizada pela estudante, 70% dos homicídios são cometidos por arma de fogo. A pesquisa revelou que, em relação ao grau de escolaridade, os números estão aquém do recomendável.
“Com relação ao grau de escolaridade, mais de 50% tanto de vítimas quanto de autores apresentaram apenas ensino fundamental incompleto, o que evidencia um baixo grau de escolaridade”, relatou a pesquisadora.
O interesse pela temática surgiu durante o curso, na Uespi. Afim de despertar um olhar crítico sobre a temática de violência nos espaços urbanos e o estudo de uma série de fenômenos que possuem fatores externos. Somado a isso, houve uma oportunidade de estágio na Secretaria de Segurança Pública, que culminou com o interesse ainda maior na pesquisa.
“Durante o estágio, eu consegui aprender sobre a dinâmica da violência em Teresina e sobre geoprocessamento. Eu acabei escolhendo esse tema por evidenciar o mais alto grau de violência, por isso resolvi trazê-los pra pesquisa”.
Ao utilizar a divisão administrativa da Prefeitura de Teresina (através das SAAD) a pesquisadora pôde identificar bairros e zonas que são mais afetadas por homicídio na capital. De acordo com Braz, há uma divisão que especifica bairros e outra que analisa o conjunto a partir das zonas, aqui, zonas sul e norte estão nessa dianteira.
“Os bairros que mais apresentaram ocorrências foram Angelim e Santo Antônio [ambos na zona sul]. Há outros com grandes números como o Parque Brasil, Pedra Mole e Portal da Alegria são alguns deles. A zona que mais apresentou ocorrência foi a Centro/Norte, apesar dos bairros isolados que a pesquisa constatou serem da zona sul”.
Em 2021, Teresina tem testemunhado uma sequência de crimes cometidos. Somente em uma semana do mês de maio, 10 homicídios foram registrados pelo Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), na ocasião, a zona sudeste teve o maior número de vítimas.
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