Levantamento do GP1 realizado nesta sexta-feira (26), com base nos dados disponibilizados pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), apontou que a Prefeitura de Teresina realizou o total de 278.300 testes contra a covid-19 na cidade desde o início da pandemia, o que corresponde a apenas 32% da população teresinense.
Segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizado em 2020, Teresina possui população estimada de 868.075 pessoas. Levando em consideração os dados da Gerência de Informação em Saúde da Atenção Básica (GISAB), a Capital do Piauí testou um número muito abaixo do que seria ideal para rastrear infecções e evitar a transmissibilidade da covid-19.
Conforme a GISAB, em janeiro deste ano foram realizados 22.326 testes, em fevereiro 17.235 e em março 15. 949 testes antígeno, anticorpos e RT-PCR. Atualmente, o teste disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para a população é o RT-PCR, considerado o mais eficaz na detecção do novo coronavirus.
Além do atendimento nas UBSs com a realização dos testes, a FMS mantém os Centros de Rastreamento e Testagem (CRT), que são espaços específicos para a realização de testagem, mediante agendamento, dos contatos de pacientes que receberam o diagnóstico positivo de Covid-19.
Para ter acesso aos testes, a população deve se dirigir a uma das 20 UBS exclusivas para atendimento de casos suspeitos de Covid-19 do município, que estão abertas todos os dias das 7h às 19h. Nessas UBS é feito o atendimento médico com a requisição do exame de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente.
Vice-prefeito defende testagem em massa
O vice-prefeito de Teresina e secretário de Finanças, Robert Rios, defende a testagem em massa da população na capital como uma forma de reduzir o número de casos da covid-19 e assim evitar a superlotação dos hospitais. A Fundação Municipal de Saúde vai adquirir 100 mil testes.
“A prefeitura pensa em fazer um controle sanitário através da testagem em massa, nosso objetivo é criar patrulhas para andar em todos bairros, periferias e centro testando as pessoas, as que testarem positivo receberão conselho de como devem proceder, e essa pessoa deverá ser imediatamente isolada”, explicou Robert.
Robert ressaltou que quanto maior o número de infectados, maior será a procura por atendimento médico acarretando na superlotação nas unidades hospitalares e destacou que com a testagem será possível identificar casos leves, para que fique isolado e impeça novas infecções.
“O problema hoje é que uma pessoa contaminada contamina várias outras, que contamina várias outras e cria uma progressão geométrica impossível de ser suportada pela força de saúde de Teresina, estamos com todos os hospitais abarrotados, e as pessoas a cada dia contaminando mais. Se a gente conseguir identificar as pessoas contaminadas e essa pessoa ser isolada nós vamos começar a diminuir esse fluxo e os hospitais e postos de saúde vão começar a diminuir o fluxo de pessoas lá dentro”, afirmou.
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