Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina decidiram que vão entrar de greve no dia 8 de fevereiro por tempo indeterminado. A decisão foi tomada durante assembleia realizada no dia 26 de janeiro. Em entrevista ao GP1, na manhã desta segunda-feira (01), o secretário de previdência e assistência social do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro), Francisco Sousa, explicou que a categoria tentou negociar o acordo coletivo, mas sem êxito.
“Nós começamos a negociar nossa convenção desde dezembro do ano passado que era para ter fechado até o dia 1º de janeiro e não obtivemos sucesso, diante dessa situação por não fecharmos a nossa convenção coletiva do trabalho, os trabalhadores decidiram em assembleia, no último dia 26 de janeiro, que haverá greve no sistema de transporte a partir do dia 8 de fevereiro por tempo indeterminado”, contou.
Francisco elencou ainda os motivos que fizeram com que os trabalhadores decidissem pela greve. “Os motivos são o não fechamento do acordo coletivo ano 2021, redução do salário dos trabalhadores que era para estar pagando R$ 2.028 e tão pagando R$ 1.941, além da retirada dos benefícios que é um problema crônico”.
“Também pedimos na nossa minuta melhoria no transporte como a renovação de frota, aumento de frota, melhorias nos terminais, são essas as reivindicações que temos colocado, mas até hoje nossas reivindicações não foram atendidas, pelo contrário os empresários querem é reduzir salários, gerar desemprego, eles querem demitir 50% dos cobradores, isso é desemprego, gera aumento no serviço para o motorista que além de dirigir vai ser obrigado a cobrar passagem, isso é ilegal”, disparou o sindicalista.
No entanto, ele não descartou a hipótese da categoria desistir da greve caso os empresários acatem suas reivindicações ou apresentem proposta que seja aceitar por eles. “O sindicato está aberto a negociar até o dia 7, esperamos que a patronal analise a proposta apresentada e atendem nossas reivindicações ou apresentem uma contraproposta satisfatória para que os trabalhadores discutam e analisem se aceitam ou não”, finalizou.
Paralisação
Na semana passada, motoristas e cobradores de ônibus paralisaram atividades por três dias alegando falta de pagamento do ticket alimentação. No dia 27 de janeiro, após uma reunião com o superintendente da Strans, major Cláudio Pessoa, a categoria decidiu suspender a paralisação.
Na ocasião, foi repassado o valor de R$ 600 mil ao Setut para garantir o pagamento do ticket-alimentação e plano de saúde, em cumprimento a um acordo firmado pelo então prefeito Firmino Filho para encerrar uma greve iniciada pelos trabalhadores em novembro.
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