O delegado Marcelo Leal, da Gerência de Policiamento do Interior, concedeu entrevista ao GP1 na manhã desta terça-feira (29) e falou sobre as investigações a respeito da execução do prefeito de Madeiro, Zé Filho (Progressistas), no último domingo (28). O principal suspeito do crime é Felipe Seixas, primo de "segundo grau" do prefeito assassinado.
De acordo com o delegado, a principal linha de investigação aponta que o crime foi motivado por duas exonerações, a do pai do acusado, que era chefe de transportes no município e a do próprio suspeito, que também foi exonerado após desavenças políticas com o prefeito Zé Filho.
“A priori, o pai desse autor tinha desocupado um cargo público na prefeitura, ele era o chefe dos transportes, então tratava com combustível, viaturas, compra de pneus, manutenção de máquinas, sempre com quantias volumosas. Talvez o prefeito, quando assumiu, tenha visto a necessidade de colocar outra pessoa no lugar e isso não foi bem recebido pelo genitor e pela família. A informação que foi obtida também é que o próprio autor do crime tinha um cargo público e, possivelmente, por conta dessas desavenças, cobranças, questionamentos, ele também foi exonerado do cargo, aumentando ainda mais a raiva. É um motivo forte. Há essa linha que foi levantada inicialmente, que é muito forte”, explicou o delegado.
Marcelo Leal comentou que a equipe de investigação, coordenada pelo delegado Bruno Ursulino, do DHPP, está no município em busca de mais detalhes a respeito do homicídio. “Foi enviada a equipe justamente para que a gente pudesse se aprofundar mais, ver se tem outra coisa envolvida”, ressaltou.
Grau de parentesco
Segundo o delegado, o pai do acusado é primo do prefeito Zé Filho, por isso, não possuem uma relação de parentesco direta. “O executor é o filho de um primo da vítima, o pai do autor é primo do prefeito. No Direito não tem isso [parentesco], mas no interior todos chamam de primo de 2º grau”, destacou.
O crime
“Segundo as informações que foram levantadas pela equipe que estava de plantão no dia, o prefeito estava em um torneio de futebol que acontecia bem perto de um empreendimento do autor que efetuou o disparo. Inclusive, há relatos de que o autor havia emprestado sua motocicleta para duas pessoas. Após a devolução da moto, ele deixou essa moto ligada e ao ver o prefeito se dirigir ao carro, foi até ele. Relatos contam que ele chamou o prefeito pelo nome e quando o prefeito foi se virando, ele efetuou o disparo de arma de fogo na cabeça, na região temporal esquerda, logo depois o prefeito caiu. Os relatos são de mais dois disparos, mas isso só o laudo cadavérico que vai ser confeccionado pelo IML de Parnaíba, confirmará”, detalhou.
O delegado finalizou dizendo que não há dúvidas da autoria do crime. “O crime foi cometido no final do dia, entre 17h e 18h, o autor é uma pessoa conhecida de todos na cidade, ele tem um bar próximo ao local, onde estava o carro do prefeito, e a autoria para a gente é certa, não há dúvidas de quem foi o executor do crime”, finalizou.
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