O Conselho de Sentença do Júri Popular, da Comarca de Parnaíba, condenou Francisco Olavo Silva Vasconcelos a 32 anos de prisão em regime fechado, por assassinar e enterrar o corpo de sua companheira, identificada como Sandreia dos Santos Lima, no município de Ilha Grande, em junho de 2019. A decisão foi dada no último dia 14 de outubro.
O Ministério Público do Piauí (MPPI) denunciou Francisco Olavo pelo crime de homicídio contra a mulher (feminicídio), por razões da condição de sexo feminino em contexto de violência doméstica, qualificado, ainda, pelo motivo fútil, com emprego de asfixia, e por meio de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e também por ocultação de cadáver (artigo 121, § 2º, incisos II, III, IV, e VI, c/c § 2º-A, I; e art. 211, ambos do Código Penal Brasileiro).
O Conselho de sentença acolheu a tese do Ministério Público e aceitou em dar a condenação total de 32 anos pelos crimes cometidos.
Matou por ciúmes
No dia 12 de junho de 2019, o acusado prestou depoimento à Polícia Civil, confessou ter praticado o crime e alegou que a motivação foi por conta de ciúmes. A delegada Fernanda Novaes, responsável pelo caso, informou que o indivíduo já apresentava um histórico de ciúmes e que a relação entre os dois era marcada por brigas.
“Ele alegou que foi por ciúmes, pois já apresentava esse comportamento de ciúme possessivo. Os dois já haviam terminado e voltado várias vezes”, comentou.
Ainda durante o depoimento, o acusado relatou que matou a companheira utilizando somente as próprias mãos. Em seguida, ele a enterrou no quintal da própria casa. Os dois estavam morando juntos há três anos. “Ele confessou o crime, está preso por conta de um mandado de prisão temporária e agora nós temos o prazo da temporária para poder fazer o restante do procedimento”, pontuou a delegada Fernanda Novaes.
Entenda o caso
Na manhã do dia 10 de junho de 2019, o corpo de uma mulher identificada como Sandreia dos Santos Lima foi encontrado enterrado no quintal de uma residência situado no município de Ilha Grande do Piauí.
A casa, onde o corpo foi encontrado, pertencia ao acusado, ex-companheiro de Sandreia. A vítima estava desaparecida desde o dia 6 de junho. Porém, a PM só tomou conhecimento no dia seguinte.
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