O presidente da Fundação Municipal de Saúde, Dr. Gilberto Albuquerque, fez uma alerta nesta segunda-feira (25) quanto à possibilidade de um novo pico da pandemia em Teresina que deverá ocorrer entre a segunda quinzena do mês de fevereiro e o mês de março.
Em entrevista ao GP1, o presidente disse que a previsão é baseada no aumento do número de pessoas que passaram a circular na cidade após o fim da vigência dos decretos que restringiam as atividades econômicas na Capital.
“Pela curva epidemiológica teremos um aumento significativo. Vários fatores contribuíram para essa previsão. Um deles foi o movimento político, outro foi a liberação do comércio, dos cultos onde as pessoas se aglomeram, abertura de restaurantes por exemplo e isso leva ao aumento das transmissões e sucessivamente o pico deverá ser agora na segunda quinzena de fevereiro e durante o mês de março”, explicou Gilberto.
Apesar da previsão de um novo pico da doença, o presidente da FMS acredita que os dados epidemiológicos não devem superar os registros do ano passado, já que a população está mais atenta e habituada às medidas preventivas.
“Eu acho que a comunidade já aprendeu algumas medidas, na medida em que a situação vai se agravando já sabem como se prevenir melhor. Vai chegar perto, mas não deverá chegar ao número que nós tivemos em junho e julho do ano passado. Se continuarmos nos prevenindo, se a comunidade ajudar, certamente não teremos um colapso no sistema de saúde”, contou o presidente da FMS.
Leitos
Os leitos já estão sendo preparados na Capital para a possível chegada do novo pico de coronavírus. De acordo com o Gilberto Albuquerque, a Secretaria de Estado da Saúde participa da logística e a expectativa é de que 170 leitos sejam preparados.
“Já estamos instalando mais leitos em nossas unidades, assim como a Sesapi também já está providenciando mais leitos no HGV, o Hospital Universitário ofertará também mais uma quantidade de leitos de UTI e se necessário a rede privada também será contratada. Hoje nós temos em torno de 97 leitos disponibilizados para covid. Temos equipamentos hoje para 170 leitos na rede pública, tanto pela FMS como pela Sesapi, então poderemos chegar novamente aos 170 leitos que nós tínhamos antes na Capital’, finalizou.
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