A assistente social Silmara Castro (Solidariedade) se pronunciou, por meio de nota, sobre sua saída da vaga de vice da chapa a ser liderada pelo pré-candidato à Prefeitura de Teresina, deputado estadual Fábio Novo (PT). Acusada de racismo, motivo que teria causado seu recuo, Silmara negou qualquer ato discriminatório e afirmou que sempre teve forte atuação em causas sociais.
Ainda em nota, Silmara explicou que não pesa sobre ela qualquer tipo de “processo judicial ou imputação legal sobre racismo ou qualquer outro ato discriminatório”.
“Diante da resistência de um grupo vinculado ao Partido dos Trabalhadores ao meu nome, resolvi em nome da minha honra e em respeito à coligação, em especial, ao partido ao qual sou filiada (Solidariedade), retirar meu nome da composição da chapa”, explicou.
- Foto: Lucas Dias/GP1Silmara Castro
Nota na íntegra
Eu, Silmara Castro dos Santos de Oliveira, em face das informações veiculadas na mídia a respeito da minha desistência ao cargo de pré-candidata a vice-prefeita de Teresina, na coligação PT, Solidariedade, PCdoB e Rede Sustentabilidade, venho por meio desta nota prestar os seguintes esclarecimentos:
Diante da resistência de um grupo vinculado ao Partido dos Trabalhadores ao meu nome, resolvi em nome da minha honra e em respeito à coligação, em especial, ao partido ao qual sou filiada (Solidariedade), retirar meu nome da composição da chapa.
Com tantos anos de atuação política, sei que é natural e até mesmo saudável que existam divergências. No entanto, o constrangimento gerado nesta situação vai além de posicionamentos políticos pessoais e atravessa questões profundas que atacam a minha honra e moral, envolvendo denunciações caluniosas em grupos de redes sociais.
Como militante de causas sociais, assistente social, especialista em Políticas Públicas e Intervenção social e artista, sempre lutei pela igualdade de direitos, contra preconceitos e discriminações em todos os âmbitos. A minha pauta por uma sociedade justa e igualitária é vivenciada todos os dias, desde a educação que promovi junto aos meus filhos, à minha atuação e reconhecimento entre familiares, amigos e instituições em que trabalhei/trabalho.
Sou mulher, branca, heterossexual e cristã. Reconheço com orgulho esse lugar, mas que me impõe também a responsabilidade de estar sempre reafirmando o meu posicionamento como feminista, antirracista, defensora dos direitos dos LGBTQIA+ e da liberdade religiosa. Fui, sou e sempre serei defensora destas pautas.
Não pesa e nunca pesou sobre mim nenhum tipo de processo judicial ou imputação legal sobre racismo ou qualquer outro tipo de ato discriminatório. Por isso, nosso intuito com essa nota é restabelecer a verdade dos fatos. Lamento que atitudes isoladas, fora de contexto, banalizem uma luta histórica e tão cara à nossa sociedade. Me entristece ainda mais que utilizem de fatos inverídicos para promover ataques à honra de outrem.
Reafirmo meu compromisso com a sociedade teresinense, com as causas e lutas deste povo que precisa, neste momento, buscar o novo. Estarei trabalhando diuturnamente ao lado do meu partido, o Solidariedade, para que possamos, nessas eleições municipais que se aproximam, construir uma Teresina melhor para todos e todas.
Abraços, Teresina, 09 de setembro de 2020. Silmara Castro
Entenda
Um grupo de militantes do PT acusou Silmara de ter cometido ato racista no passado. De posse desse argumento, pediram a saída dela da vaga.
A mudança foi efetivada na manhã desta quarta-feira (09), após reunião entre Fábio Novo e o presidente do Solidariedade, deputado Evaldo Gomes. O SDD indicou o professor e bacharel em Direito Érico Luís, para o cargo de vice do petista.
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