O pai da criança de 9 anos, que foi mantida em cárcere privado na manhã desta sexta-feira (11) no bairro Planalto Bela Vista, em Teresina, será acompanhado por um psicólogo. Logo depois de uma longa negociação que durou aproximadamente 6 horas, ele deixou o local com policiais do BOPE e foi encaminhado para a Instituto de Medicina Legal (IML) de Teresina.
Em entrevista ao GP1, a capitã Roserlane Marciel, do gerenciamento de crises da Polícia Militar do Piauí, afirmou que apesar da demora na negociação com Pedro Henrique, tanto a filha como o pai permaneceram juntos durante toda a operação, que contou com a presença de um assistente social e advogados da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB Piauí.
- Foto: Alef Leão/ GP1Capitã Roserlane
“Graças a Deus concluímos a operação com êxito, as vidas das pessoas que estavam envolvidas foram preservadas, ninguém foi lesionado e tudo ocorreu na base da negociação dos policiais do gerenciamento de crises e do BOPE. Então, tudo foi resolvido pacificamente, em nenhum momento o pai foi agressivo. A princípio ele pediu que seu irmão, que não mora aqui, deixasse de frequentar a casa. Isso foi o que desencadeou o conflito, ainda na noite de ontem. Outro pedido foi que a filha dele fosse acompanhada pelo Estado, assim que ele deixasse o local, pois ele teme perder a guarda da criança por conta dessa situação”, explicou.
- Foto: Helio Alef/GP1Pai da criança sendo retirado da casa pela polícia
Ainda segundo a capitã, apesar da situação os policiais perceberam uma relação forte entre o Pedro Henrique e a filha, que a todo o momento demonstrou preocupação com o pai. “A criança é muito apegada ao pai. Durante toda a negociação ela ficou abraçada com ele e em nenhum momento, que fique bem claro, ele foi agressivo com a filha dele, não ameaçou e não utilizou nenhum tipo de arma”, acrescentou a capitã Roserlane Marciel.
Depois de passar pelo Instituto de Medicina Legal de Teresina, Pedro Henrique foi encaminhado para um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), onde receberá apoio psicológico por parte do Estado.
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