O ex-prefeito de Teresina e ex-presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS) da Capital, o médico Sílvio Mendes (Progressistas), disse ao GP1, nesta terça-feira (19), que é a favor da retomada de todas as atividades econômicas de forma gradual e planejada seguindo o protocolo da Organização Mundial de Saúde (OMS). O ex-prefeito ponderou que esse processo deve observar e respeitar as características de cada segmento no momento em que for elaborado um plano de reativação da vida econômica do Estado e do Município.
Sílvio Mendes discordou dos discursos que apontam para um soerguimento rápido da economia e lembrou que “a fome não espera”. O ex-prefeito revelou que tem ouvido depoimentos desesperadores de quem tem sido afetado frontalmente com as medidas restritivas severas adotadas nessa pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
- Foto: Lucas Dias/GP1Sílvio Mendes
- “[É favorável ao retorno] de todas as atividades, conforme suas características. Com regras e fiscalização do cumprimento. Tenho ouvido relatos de muitos desesperos. Discordo de que os economistas, após o desastre econômico, com empresas centenárias fechando, consigam rapidamente reerguê-las. Porque a fome não espera tanto tempo”, ponderou ele.
Sílvio Mendes fez um alerta ao afirmar que os todos os excessos praticados serão avaliados e punidos. “Os excessos serão punidos. Sejam pelos equívocos, conscientes ou não, de quem tomou as decisões e os que sofrem e sofrerão suas consequências”, afirmou o ex-prefeito.
Sílvio voltou a dizer que o mundo terá que aprender a conviver com coronavírus, como ocorreu com outras doenças. De acordo com ele, deve ser feita uma organização de contaminados, com atenção aos grupos de risco, para que seja possível dar assistência aos infectados de maneira adequada.
“Vamos aprender a conviver com o coronavírus por longo tempo. Como com outras doenças. A maioria da população mundial será infectada. Que se tente organizar a escala de contaminados, com os cuidados à população de risco. Para que os sistemas de saúde possam assistir adequadamente. As atividades produtivas retornarão. A pergunta é: quando? Como? Se impõe um planejamento, longe das ideologias e ouvindo a ciência e seus conhecimentos. Para atividades diferentes, regras diferentes”, concluiu Mendes.
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