Os servidores da Saúde e da assistência social denunciaram ao GP1 na manhã desta terça-feira (12) a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) em Pedro II, cidade distante 203 km de Teresina. Além do descaso com os equipamentos, os servidores também relataram a falta de reajustes salariais e dos pagamentos de insalubridade por parte da Prefeitura Municipal.
Em um texto enviado por um dos servidores, que preferiu não se identificar, o funcionário citou os recursos que a Prefeitura Municipal de Pedro II recebeu do Governo Federal para o enfrentamento ao coronavírus. Segundo os profissionais, mesmo com todos os recursos, os serviços de saúde continuam precarizados.
“Em meio à pandemia de covid-19, os profissionais da assistência e da saúde continuam prestando seus serviços à população, mas, nem todos tem os equipamentos de proteção individual (EPIs) necessários para trabalhar. Nem os agentes comunitários de saúde (ACS) receberam EPIs em quantidade e qualidade para atuarem, estando impossibilitados de ir para o campo por falta de EPI”, relatou.
- Foto: Helio Alef/GP1Prefeito de Pedro II, Alvimar Martins
Falta de reajustes
Os servidores também denunciaram a falta de reajustes salariais. Eles contaram que estão há cerca de 14 anos com os salários congelados e que não conseguem respostas por parte do Prefeito Alvimar Martins sobre a situação. A denúncia é feita por enfermeiros, médicos, dentistas, psicólogos, fisioteraapeutas, assistentes sociais, entre outros.
“Os profissionais da Atenção Básica, do Hospital Josefina Getirana Neta, do Centro de Atenção Psicossocial-CAPS, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além de todos os profissionais da Assistência Social estão há 14 anos ou desde o último concurso (2014) com seus salários congelados. O gestor atual não se posiciona favorável a esses trabalhadores, resultando em uma verdadeira situação de precarização do trabalho e dos trabalhadores”, afirmou.
Conforme a denúncia, a prefeitura firmou um acordo com os sindicatos municipais em janeiro desse ano para apresentar uma proposta de reajuste, mas não houve proposta e nem posicionamento desde então.
Pagamento de insalubridade
Outro ponto destacado na denúncia foi a falta do pagamento de insalubridade para todos os profissionais da área, que estão na linha de frente do combate ao coronavírus. Segundo eles, apenas alguns servidores receberam esse valor.
“A insalubridade foi acrescentada somente no salário de abril e apenas para alguns profissionais (os poucos profissionais que recebiam anteriormente eram por ordem judicial). Todos os profissionais que trabalham em ambiente insalubre têm direito a insalubridade conforme o grau de risco. Os profissionais estão expostos à situação de risco de vida e isso enseja o grau máximo de insalubridade, mas, a proposta de os profissionais receberem o grau máximo não foi cumprida pelo prefeito de Pedro II”, finalizou.
Casos de covid-19 em Pedro II
Segundo a Prefeitura Municipal de Pedro II, que divulgou boletim epidemiológico nesta segunda-feira (11), a cidade possui 9 casos confirmados de covid-19, sendo 4 casos ativos, 3 recuperados e 1 óbito.
Outro lado
Procuradas pelo GP1, as autoridades de Pedro II não foram localizadas para comentar sobre o assunto.
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