Davi Fernandes
A juíza Maria Zilnar Coutinho Leal, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, pronunciou Iuren Henrique dos Santos Ferreira a ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri por ser acusado de assassinar uma adolescente de 17 anos, identificado como Francisco Paulo Gomes da Silva, com seis disparos de arma de fogo no Povoado Soinho, na zona rural leste de Teresina, no dia 3 de março de 2019. A decisão foi dada no último dia 19 de abril deste ano.
Nos autos, a magistrada destacou que deve ser levado em conta que o crime foi realizado por motivo torpe, pois o acusado confessou que efetuou os disparos contra a vítima por conta de uma discussão, impossibilitando a vítima de se defender.
- Foto: Lucas Dias/GP1
Tribunal de Justiça do Piauí- TJ
"O próprio acusado disse que teve um desentendimento pretérito com a vítima. De modo que cabe ao Conselho de Sentença decidir se o acusado agiu ou não em decorrência do mencionado desentendimento, e, se tal fato, caracteriza ou não a motivação torpe", afirmou a juíza.
O acusado vai aguardar o julgamento em liberdade. "O acusado respondeu ao processo em liberdade, e nesta condição deverá aguardar o julgamento pelo Tribunal do Júri, pois, não se afere dos elementos probatórios constantes dos autos, que a sua liberdade represente perigo para a ordem pública", destacou a juíza Maria Zilnar na decisão.
Relembre o caso
Um adolescente de 17 anos, identificado como Francisco Paulo Gomes da Silva, foi assassinado no dia 3 de março de 2019 , no Povoado Soinho, zona rural leste da cidade de Teresina.
Consta no processo que a vítima estava em um bar durante uma festa de carnaval que estava sendo realizada, quando Iuren chegou ao local e fez disparos de arma de fogo contra a vítima que estava sentada. Francisco Paulo foi atacado pelas costas e foi alvejado seis vezes.
Ele não resistiu aos ferimentos e morreu antes mesmo da chegada do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O Instituto de Medicina Local (IML) fez a retirada do corpo para o necrotério. O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) investigou o caso.
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