Motoristas que trafegam pela Avenida Joaquim Nelson, no bairro Dirceu, zona sudeste de Teresina, entraram em contato com o GP1, na manhã deste sábado, para reclamar de um grande transtorno que eles enfrentam no período chuvoso ao trafegarem pela região, que é o alagamento das duas faixas da via próximo a empresa Soferro.
Segundo um dos motoristas, o problema é recorrente e até hoje nenhuma providência foi tomada. Após qualquer chuva forte é impossível trafegar pelo local e o condutor é obrigado a trafegar quilômetros para encontrar um rota alternativa.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Alagamento na Avenida Joaquim Nelson
“Todos os anos é a mesma coisa. Preciso passar por aqui diariamente, por ser o caminho mais perto e rápido de casa para o trabalho. Nessa época, me vejo obrigado a desviar quando a chuva está forte. Agora mesmo estou me arriscando, pois existe o perigo de um acidente ou de prejuízos no meu carro”, afirmou um morador, que não quis se identificar.
Para o professor de geografia da Universidade Federal do Piauí, Werton Costa, o problema foi causado pelo avanço da cidade, que acabou aterrando um riacho que passa pelo local. E a consequência disso é o represamento da água, que não tem para onde escoar e acaba prejudicando a circulação dos veículos.
“A cidade de Teresina, historicamente, nasceu em função do Rio Parnaíba e do Rio Poti, ou seja, sob o signo das águas. E naquele local passa o Riacho Itararé, que nasce em José de Freitas e desemboca no Rio Poti. E pelo crescimento da cidade ele acabou sendo aterrado, só que a natureza cobra um preço, que acaba sendo um transtorno para o ser humano. O ideal para solucionar esse problema seria um plano de drenagem, com a canalização do fluxo de tal modo que ele passe pelo subterrâneo e não provoque problemas na superfície, ou seja, temos que ter um sistema de galerias eficiente”, explicou o especialista.
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