O governador Wellington Dias (PT-PI) disse que está preocupado quanto ao orçamento previsto para o ano de 2021. Ele informou a imprensa, nesta terça-feira (06), que após uma pactuação com os poderes, ficou encaminhado que o orçamento do próximo ano deverá ser o mesmo de 2019 e que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve ser votado até o dia 15 de dezembro.
“Nós estivemos em diálogo com o presidente do Tribunal de Justiça, da Assembleia, do Tribunal de Contas, com a Defensoria, com a Procuradora Geral de Justiça para que a gente pudesse colocar o orçamento de acordo com a realidade. Quando eu encaminhei um plano plurianual nós tínhamos uma conjuntura muito pessimista então encaminhamos uma proposta menos 5% em relação à 2019, ou seja, uma queda na economia, no PIB de 5%”, disse o governador.
- Foto: Lucas Dias/GP1Wellington Dias
“Agora já fizemos uma pactuação e estamos fazendo um orçamento igual ao de 2019, vamos votar até o dia 15 de dezembro a Lei Diretriz Orçamentária (LDO). Ainda temos uma certa preocupação acerca do ano de 2021, até porque também terminou agora em setembro a ajuda para estados e municípios”, falou Dias.
Wellington lembrou que a redução do auxílio emergencial, que passará de R$ 600 para R$ 300, também será um agravante para a situação econômica do Estado, bem como de todo o País.
“São 50 milhões de pessoas que vão passar a receber a metade do auxílio, que caiu para R$ 300. Lá na frente o número de beneficiários vai cair para 10 milhões, ou seja, mais ou menos 80% vão ficar sem renda. Esse dinheiro que circulava na economia vai deixar de circular, isso vai ter um impacto social e um impacto econômico”, advertiu o governador.
Rede de suporte
Apesar de ponderar que o Piauí possui condições de sustentabilidade, Wellington Dias afirmou que está apreensivo com o futuro que desenha para o ano que vem. Ele adiantou que em breve terá uma reunião com o Fórum dos Governadores do Brasil para desenvolver uma rede de suporte às pessoas mais carentes.
“Eu asseguro que temos condições de sustentabilidade, mas teremos problemas. Então eu continuo muito preocupado. Agora na próxima semana vamos acertar uma agenda com o foro dos governadores do Brasil para que possamos dialogar não apenas com o setor público, mas também com o privado para que tenhamos uma alternativa para suportar essa crise. Pensando em uma rede de suporte para os mais pobres, para geração de emprego, para empreendedores e uma condição dos serviços públicos funcionarem”, finalizou o governador.
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