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Teresina - Piauí

Ambulatório Makelly Castro vai atender a população Trans no HGV

O ambulatório recebeu o nome da travesti Makelly Castro, que foi assassinada no dia 18 de julho de 2014.

Lucas Dias/GP1 1 / 13 Novo ambulatório do Hospital Getúlio Vargas Novo ambulatório do Hospital Getúlio Vargas
Lucas Dias/GP1 2 / 13 Inauguração do ambulatório trans do HGV Inauguração do ambulatório trans do HGV
Lucas Dias/GP1 3 / 13 Gilberto Albuquerque Gilberto Albuquerque
Lucas Dias/GP1 4 / 13 Solenidade no HGV Solenidade no HGV
Lucas Dias/GP1 5 / 13 Florentino Neto Florentino Neto
Lucas Dias/GP1 6 / 13 Florentino Neto e Regina Sousa em solenidade no HGV Florentino Neto e Regina Sousa em solenidade no HGV
Lucas Dias/GP1 7 / 13 Ambulatório trans do HGV Ambulatório trans do HGV
Lucas Dias/GP1 8 / 13 Inauguração do ambulatório trans do Hospital Getúlio Vargas Inauguração do ambulatório trans do Hospital Getúlio Vargas
Lucas Dias/GP1 9 / 13 Pablo Santos Pablo Santos
Lucas Dias/GP1 10 / 13 Ambulatório de saúde integral da população trans no HGV Ambulatório de saúde integral da população trans no HGV
Lucas Dias/GP1 11 / 13 Regina Sousa Regina Sousa
Lucas Dias/GP1 12 / 13 Joseane Borges Joseane Borges
Lucas Dias/GP1 13 / 13 Governo do Piauí inaugura ambulatório trans no HGV Governo do Piauí inaugura ambulatório trans no HGV

Na manhã dessa quarta-feira (29) foi inaugurado o Ambulatório de Saúde Integral da População Trans – Makelly Castro, que está instalado dentro do Ambulatório Azul do Hospital Getúlio Vargas (HGV) e vai atender exclusivamente pacientes travestis e transsexuais.

O secretário estadual da Saúde, Florentino Neto (PT), afirmou que o ambulatório é uma reivindicação antiga e que está sendo possível após uma parceria realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) e a Fundação Piauiense de Serviços Hospitalares (Fepiserh).


“Estamos inaugurando no HGV um ambulatório de saúde integral para a população trans, então pretendemos atender de 180 a 200 pessoas por mês. É uma reivindicação da população trans, e por meio da Secretaria de Estado da Saúde e a Fepiserh temos aqui ginecologista, obstetra, endocrinologista, urologista, assistentes pessoais e psicólogos, toda uma equipe multidisciplinar para a gente ter um atendimento especializado para a população trans. Essa é uma demanda antiga”, explicou o secretário.

A vice-governadora Regina Sousa (PT) afirmou que esse será “um ambulatório específico para as mulheres trans, então uma reivindicação antiga para uma área de tratamento específica. Assim como teve para mulheres, a gente precisa para a população LGBTT também”.

Joseane Borges, Gerente de Encerramento a Homofobia no Estado, afirmou que as travestis e transsexuais são constrangidas quando procuram atendimento médico, por isso evitam procurar ajuda e até mesmo se automedicam.

“A procura de mulheres travestis e transsexuais é bem menor [nas unidades de saúde], pelo simples fato do momento dela ser constrangida por não ter a sua identidade de gênero respeitada e tampouco seu nome social, então a importância é essa. Aqui vão ter profissionais especializados para saber como tratar a população trans e dar encaminhamentos para que ela possa ser inserida de forma adequada na saúde. Então é uma atuação importante do governo do estado porque travestis e transsexuais são cidadãs de fato e de direito. Temos uma demanda grandiosa no Centro do LGBTT e vamos encaminhar para cá. As travestis e transsexuais têm um grande problema que é a automedicação, elas se automedicam porque não possuem um tratamento especializado, e hoje o Piauí está ganhando com essa iniciativa”, destacou Joseane.

Makelly Castro

O ambulatório recebeu o nome da travesti Makelly Castro, que foi assassinada no dia 18 de julho de 2014. O corpo de Makelly foi encontrado com muitos hematomas no bairro Distrito Industrial, zona sul de Teresina, apenas com roupas íntimas.

O professor Luís Augusto Nunes foi acusado pelo crime e foi julgado no Tribunal do Júri, sendo esse o primeiro caso a ir a júri popular por motivações homofóbicas. Só que em outubro os membros do júri reconheceram o professor como o autor do crime, mas optaram pela absolvição, em uma votação que foi de 4 a 3. Isso acabou gerando bastante polêmica.

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