O senador Marcelo Castro (MDB) falou, na manhã desta quinta-feira (5), sobre a reforma tributária em entrevista concedida ao GP1 na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi). O senador abordou a antiga CPMF, criticou o atual sistema tributário do Brasil e o definiu como “complexo, confuso, completamente atrasado e, sobretudo, injusto”.
De acordo com o senador, a reforma tributária vai ajudar os estados mais pobres do país. Ele afirma que vai defender a retirada das operações interestaduais.
- Foto: Hélio Alef/GP1Marcelo Castro
“O imposto do consumo deve ficar onde o produto é consumido. Hoje se você vai numa loja aqui em Teresina e compra uma geladeira e essa geladeira for produzida em São Paulo, uma parte do imposto fica no Piauí e outra parte volta para São Paulo. Isso é um absurdo, isso é uma exploração, como se fosse um país estranho explorando outro país”, afirma o senador.
Marcelo Castro reconhece a importância das 3 reformas (política, previdenciária e tributária) para o desenvolvimento do país, mas destaca a reforma tributária como a mais importante para a harmonia entre os entes federativos (União, estados e municípios).
Antiga CPMF
Sobre a antiga CPMF, o senador fez um comentário de aparência positiva em relação ao imposto. "A sociedade brasileira criou uma aversão à CPMF porque foi feita uma grande campanha pelos ricos de São Paulo, pela Federação de Indústria de São Paulo demonizando esse imposto. Everardo Maciel, que era o chefe da Receita Federal na época, comprovou que 500 empresas, das maiores do Brasil, não pagavam imposto de renda, ou seja, tinham muito dinheiro, circulavam muito dinheiro pelos bancos e não pagavam. Então, o grande temor e a grande demonização da CPMF é porque ela é um rastreador de dinheiro, por onde o dinheiro anda ele deixa a marca e a pessoa é obrigada a pagar imposto”, finalizou.
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