Os moradores do bairro Piçarrinha, localizado no município de Matias Olímpio, denunciaram ao GP1, na tarde desta segunda-feira (08), que estão há mais de 30 dias sem ter acesso ao serviço regular de abastecimento de água, que é de responsabilidade da Agespisa.
De acordo com Ana Cristina, o problema vem se arrastando nos últimos 30 dias e a Agespisa afirmou que o desabastecimento se dá em virtude de uma bomba que queimou. O equipamento é capaz de levar a água pela adutora até a sede do município, um percurso de aproximadamente 18 km.
“A gente que é consumidor não quer saber se a instalação foi mal feita, se tem cano quebrado ou não, a gente quer receber o produto, eu pago para receber o produto. Na minha residência são três pessoas, na casa da minha mãe tem crianças e lá está sem água há 30 dias”, reclamou.
Diante da dificuldade do abastecimento na região, a moradora narra ainda que para ter água potável em casa é necessário comprar de terceiros. Um carroceiro que atende algumas pessoas do bairro cobra R$ 20,00 por quatro tambores de água.
“Ou a gente paga pessoas com carroças para colocar água ou pega um carrinho de mão e vai pedir nas residências, onde têm poços. É um sofrimento, a gente paga em média R$ 20,00 e tem pessoas que cobram até mais caro”, acrescentou Ana Cristina.
O que diz a Agespisa
O GP1 procurou o gerente da Agespisa no município de Matias Olímpio, Manoel Mestre, que informou ter conhecimento da situação dos moradores do bairro Piçarrinha, mas está dependendo da Cepisa para conseguir ligar a bomba, responsável por levar a água pela adutora até o município.
“O problema que está acontecendo aqui é com a Cepisa. Nós fizemos a solicitação para fazer a interligação da bomba de captação e eles não nos atendem. Eu fui, pessoalmente, na Cepisa e até agora ainda não tinha caído no sistema o pedido que a gente tinha feito. Inclusive, o transformador que alimenta a região não está suportando a carga”, ressaltou.
Manoel Mestre informou que o desabastecimento que vem ocorrendo no bairro Piçarrinha nos últimos trinta dias se deu por conta de problemas na bomba e na adutora, que se rompeu, no entanto, nos últimos cinco dias a falta d’água está acontecendo por conta da energia.
Solução para o desabastecimento
Indagado pelo GP1 o que pode ser feito para evitar que várias famílias fiquem sem água constantemente, o gerente Manoel Mestre disse que há um projeto para descentralizar a distribuição da água que, atualmente, percorre 18 km até chegar a sede do município.
“Essa adutora que vem a 18 km de distância da sede do município possui mais de 500 ligações e isso atrasa a chegada da água na cidade. O primeiro passo para normalizar isso é descentralizar o sistema que vem nesse percurso de 18km, retirar essas ligações para que a água chegue forte nas residências, pois a vazão da água é de 60 mil litros, mas quando chega na cidade a pressão é baixa”, explicou.
O que diz a Cepisa
O GP1 também procurou a Equatorial Cepisa para se manifestar sobre o assunto, mas até a publicação desta matéria a empresa não havia se posicionado.
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