O juiz Francisco Hélio Camelo Ferreira, da 1ª Vara Federal da Seção Judiciária do Piauí, indeferiu pedido de revogação da prisão preventiva de Delson Ferreira de Moura, irmão de Demilson Ferreira de Moura, acusados de envolvimento com a quadrilha que explodiu duas agências bancárias em Campo Maior.
A defesa alegou que Delson é acometido de doenças crônicas (hipertensão arterial, hipercolesterolemia e diabetes mellitus), fazendo uso da medicação que lhe foi prescrita durante o tratamento médico realizado em 2018. Afirma que o mesmo sofreu infarto agudo do miocárdio e se submeteu a tratamento médico, sem, contudo, dar-lhe continuidade.
- Foto: Divulgação/PC-PIDelson e Demilson Ferreira de Moura
Segundo informações prestadas pelo médico do Centro de Detenção Provisória de Altos o atual estado de saúde de Delson não o impossibilita de permanecer segregado cautelarmente. Afirma também que não possui debilidade física ou mental.
O Ministério Público Federal se manifestou pelo indeferimento do pedido.
Para o magistrado, “as enfermidades que acometem o requerente estão sendo controladas, não tendo sido apontada por aquele profissional qualquer alteração quanto a seu estado de saúde que impossibilite a permanência no estabelecimento prisional”.
A decisão do juiz foi dada na última sexta-feira (26).
Irmãos foram presos em Inhuma/PI
Policiais da Força Tática de Valença prenderam em 09 de maio deste ano, no município de Inhuma, dois irmãos acusados de envolvimento no roubo as duas agências bancárias em Campo Maior ocorrido no dia 30 de abril.
Foram presos Delson Ferreira de Moura, de 29 anos, e Demilson Ferreira de Moura, de 26 anos. Segundo informações do sargento Ranier, o serviço de inteligência da Força Tática de Valença conseguiu prender os acusados após encontrar a residência que tinha sido usada pela quadrilha, localizada entre os municípios de São João da Canabrava e Lagoa do Sítio.
Nessa residência foi recuperado um veículo que foi roubado pelo chefe da quadrilha, além de maçarico, solda, bateria e demais instrumentos utilizados para abrir cofres e potencializar a ação do explosivo. "Após localizarmos a propriedade e apreendermos o veículo modelo Corolla roubado em Teresina e os demais artefatos utilizados para explosão aos bancos, continuamos as diligências em busca de mais pessoas envolvidas no crime”, explicou o sargento Ranier.
Os irmãos moravam na residência que foi cedida para a quadrilha. Eles foram então identificados e presos na noite de quinta-feira na residência de uma tia deles em Inhuma. Segundo Ranier, os irmãos são parentes do líder da organização criminosa Paulo França, que foi morto em confronto com as forças de segurança em Barras.
Demilson Ferreira teria ainda confessado que receberia um dinheiro por ceder a sua residência e ajudar a quadrilha em relação a logística. Uma equipe da Polícia Militar então retornou a residência usada pela quadrilha, fez novas buscas no local e encontrou explosivos, rádio comunicador, cordel detonante e rojões onde os criminosos retiravam a pólvora para montagem do explosivo. Todo o material foi encaminhado para a delegacia de Valença.
Relembre o caso
No dia 30 de abril deste ano, criminosos fortemente armados explodiram duas agências bancárias no centro de Campo Maior. Aproximadamente 15 homens entraram nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, explodiram os bancos e, em seguida, se dirigiram aos cofres, de onde levaram o dinheiro.
No dia 05 de maio, cinco suspeitos de integrar a quadrilha que praticaram o roubo foram mortos durante um confronto com a Polícia Militar do Piauí e do Ceará em Cocal.
Outros cinco indivíduos foram presos pela Força-Tarefa da Secretaria de Segurança Pública. Eles foram identificados como Dyego Harmando Cardoso Rocha, Hassan Rufino Borges Prado Aguiar, Emerson Souza da Silva, Vinícius Pereira da Silva Júnior, Josenverton dos Santos Sousa. Vale ressaltar que Hassan Rufino Borges Prado Aguiar é filho do coronel Francisco Prado, ex-comandante da PM-PI, que morreu em abril de 2015.
Ainda na noite do domingo (05), a Secretaria de Segurança Pública informou que mais um suspeito de integrar o grupo criminoso veio a óbito. Já na madrugada desta segunda-feira (06), dois indivíduos foram mortos em Barras, sendo que um deles trata-se de Paulo César dos Santos, único piauiense do grupo. Na quinta-feira (09) um assaltante identificado como Raimundo foi morto após confronto com os policiais em Teresina.
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