Arquidiocese de Teresina lança Campanha da Fraternidade 2019

Na manhã desta quinta-feira (07), a Arquidiocese de Teresina realizou o lançamento da Campanha da Fraternidade 2019 na Residência Episcopal, situada na Avenida Frei Serafim. Neste ano, o tema será “Fraternidade e Políticas Públicas”, cujo objetivo é fazer com que toda a sociedade teresinense reflita e debata sobre um assunto tão importante nos dias atuais.

O coordenador regional da Campanha, padre Leonildo Campelo, adiantou que a divulgação da programação irá acontecer nos próximos dias tanto na Assembleia Legislativa do Piauí quanto na Câmara dos Vereadores da Capital. “É nesse sentido que a igreja vem despertar a população para um debate e nós vamos promover seminários nas comunidades, universidades e escolas para discutir esse tema que é tão importante para nós. Em relação a programação, nós vamos fazer o lançamento na Assembleia Legislativa, dia 20, onde é a casa do povo, um local apropriado para refletirmos sobre esse assunto. Dia 27 faremos também na Câmara dos Vereadores”, afirmou.

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• Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1Padre Leonildo Campelo

O tema envolve uma série de problemáticas que ainda persistem na sociedade e que giram em torno da desigualdade social. Dessa forma, o arcebispo de Teresina, Dom Jacinto Brito, ressalta que a reflexão é essencial. “A maioria das pessoas recebem notícias, mas não digerem. Só recebem. Então passa de maneira sem reflexão, sem aprofundamento e sem discernimento. Sobretudo no mundo de hoje, que as redes sociais nos facilitam isso, as fake news estão aí de modo que uma notícia falsa pode ocupar mais espaço, ter mais divulgação do que um assunto pertinente. Então cabe a nós termos essa clareza. Não poderia ser melhor se contemplasse mais a sociedade e menos o indivíduo ou grupos privilegiados. O Brasil não seria um país mais justo, mais habitável, mais humano? Por isso nós não fugimos dessa realidade social”, contou.

• Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1Dom Jacinto Brito

Como representante do Governo do Estado do Piauí, o secretário de governo Merlong Solano destacou que a campanha é uma forma da Igreja Católica de se utilizar seu grande espaço na sociedade para gerar debates sobre problemas atuais como já fez em outros anos. “Em primeiro lugar é um louvo que a Igreja Católica dê continuidade a uma prática que já vem de muitos anos em que ela utiliza seu grande espaço para colocar em discussão temas que vão além do aspecto espiritual como é da responsabilidade de uma religião. Ela cuida também da vida concreta e cotidiana das pessoas ao pautar temas como já fez no passado como do Meio Ambiente, Saúde, Educação e agora coloca a Fraternidade e Políticas Públicas de maneira geral”, completou.

• Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1Merlong Solano

O prefeito Firmino Filho também compareceu à solenidade e destacou a importância de se refletir sobre políticas públicas, visto que o país já deu grandes passos em relação a isso, mas ainda há muito o que se melhorar.“Vários passos importantes foram dados, mas a gente tem que refletir sobre a realidade de hoje. Nós podemos concluir que o sonho da Constituição de 1988 ainda é inconcluso. A construção das políticas públicas, a garantia desses direitos sociais ainda está pela metade e isso é importante para que nós possamos continuar avançando nos próximos anos no sentido de fazer com que essas políticas sejam efetivas, sejam melhor qualificadas e que esses avanços cheguem perto dos nossos sonhos. Nós temos ainda toda uma agenda para completar nos próximos anos, mas é necessário que a gente possa ter fé e esperança que essa agenda vai ser preenchida ao longo do tempo”, acrescentou.

• Foto: Cinara Taumaturgo/ GP1Prefeito Firmino Filho

Campanha da Fraternidade

A Campanha da Fraternidade, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é realizada anualmente pela Igreja Católica Apostólica Romana no Brasil no período da Quaresma. Ela existe há mais de 50 anos e sua abertura oficial sempre acontece logo após a quarta-feira de cinzas, época na qual a Igreja convida os fiéis a experimentarem três práticas penitenciais: a oração, o jejum e a esmola.