Brunno Suênio
Davi Fernandes
Os policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO) prenderam três pessoas acusadas de participar do sequestro do gerente do banco Itaú, ocorrido no dia 17 de janeiro deste ano, no centro de Teresina. Na ação, a família do gerente também ficou sob a mira dos bandidos por quase 24 horas.
De acordo com o delegado Tales Gomes, coordenador do Greco, os últimos três presos participaram diretamente na abordagem, transporte, vigilância e fornecimento da residência utilizada para manter a família e o gerente em cativeiro. “Desde ontem as nossas equipes estavam trabalhando no sentido de cumprir três mandados de prisões temporárias acerca dessa ocorrência. Ontem nós prendemos duas pessoas, um rapaz que forneceu o veículo, que é o Pablo Bruno, e a esposa de um dos sujeitos que está preso por esse mesmo crime, que é a Natália Roberta, esposa do Benício. Ela estava no local do cativeiro, que era uma casa alugada por ela para manter a família do gerente refém, enquanto a ação criminosa que visava tirar o dinheiro da agência era concretizada. E hoje pela manhã nós prendemos o Tiago, que foi um dos sujeitos que abordou o gerente, quando este saiu da casa para estacionar o carro do lado de fora. Ele, junto com o Pablo, tratou da questão do fornecimento do veículo, que é o Punto, assim como nós apreendemos um Siena de cor vermelha, que foi usado nas imediações da casa do gerente, dando apoio a chegada e transporte dos criminosos ao local do crime”, explicou.
No último dia 08 de março, os policiais cumpriram seis mandados de prisão e de busca e apreensão, que resultou em vários materiais apreendidos, utilizados pela quadrilha. Na ação, seis integrantes da quadrilha acabaram sendo presos.
Relembre o caso
O gerente da agência do banco Itaú, localizada na Rua Álvaro Mendes, no centro de Teresina, viveu momentos de tensão ao ser feito refém por bandidos que o levaram até sua residência e o mantiveram em cárcere privado, juntamente com seus familiares no final da tarde do último dia 17 de janeiro. A ação se desencadeou até a manhã do dia 18 de janeiro, quando o gerente conseguiu efetuar um saque e entregou o dinheiro aos bandidos, que libertaram os familiares logo em seguida.
O gerente foi rendido no final da tarde do dia 17 e encaminhado até em casa, na zona sul da Capital, onde ficou com a família, que posteriormente foi levada para outro ponto da cidade durante a madrugada do dia seguinte, para que o gerente continuasse executando as ordens da quadrilha. Já durante a manhã, o gerente se dirigiu até a agência, onde sacou um valor não informado do banco e, somente assim, a família dele foi liberada pelo resto da quadrilha.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, a modalidade do crime é conhecida como “sapatinho”. Os bandidos monitoram o gerente da agência bancária e sem fazer alarde ou levantar suspeitas, conseguem subtrair quantias vultosas, geralmente mantendo o funcionário do banco e seus familiares em cárcere privado por um pequeno espaço de tempo.
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