O presidente da Unimed Teresina, o médico Emmanuel Augusto de Carvalho Fontes, ingressou no dia 21 de novembro com uma queixa-crime no Juizado Cível e Criminal contra o médico Helder Damásio da Silva por calúnia e difamação em grupo no WhatsApp.
Emmanuel Fontes afirmou que o médico Helder Damásio fez publicações no grupo “Cooperados Unimed”, que é formado por uma parte dos médicos que compõem a Unimed Teresina, onde teria acusado a sua gestão de suposto desvio de dinheiro.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Unimed Teresina Piauí
Em uma das publicações Helder colocou: “Lá e cá. Aqui é a estrutura da UNIMED para moer cooperado que ousar perguntar. Como estou bem gordinho e no ponto lá vai: CADÊ OS 16.000.000,00 que estavam em nossos bolsos? Foi parar no de quem? Joãozinho, 16.000.000 / 1000 = 16.000 Era a viagem de fim de ano dos teus filhos pra Parnaíba”
Em outra publicação o médico disse: “exagero cobrar prestação de contas do dinheiro coletivo. 16.000.000,00 ninguém ouve dizer pra onde foi o dinheiro. 376 reais é muito pouco. A justiça eleitoral tá exagerando. Rsrsrs”.
- Foto: Reprodução/WhatsAppAs publicações que Emmanuel Fontes afirma que foram alvos da ação
Na queixa-crime o presidente da Unimed Teresina disse que Helder, “em suas mensagens, acusa o querelante de apropriar-se indevidamente dos recursos que administra na condição de presidente da Unimed Teresina. Salienta-se que tal acusação (inverídica, diga-se de passagem) poderia se enquadrar no crime de apropriação indébita. Implica dizer, portanto, que ao assim proceder o Querelante agiu de maneira ilícita, conforme se verifica da subsunção dos fatos à norma (arts. 138 e 139 do Código Penal), praticando os crimes contra a honra de calúnia e difamação”.
Afirmou ainda que as acusações causaram danos. “É imperioso destacar que a repercussão de tais publicações causou profundo abalo emocional ao querelante, eis que viu sua honra atingida perante os integrantes do grupo de WhatsApp – todos médicos cooperados próximos ao seu seio social”, afirmou.
O presidente da Unimed Teresina também destacou o fato das acusações terem sido realizadas sem qualquer tipo de prova. “A intenção do querelado [Helder Damásio] foi tão somente proferir ofensas ao Querelante [Emmanuel Fontes], pois, primeiramente, não possui qualquer fonte ou prova das alegações que veicula em suas redes sociais. As alegações são feitas de forma totalmente leviana, sugerindo que o Querelante apropria-se indevidamente (praticando o crime previsto no art. 168 do CP) dos recursos que administra na condição de Presidente da Unimed Teresina. Não é difícil concluir que o querelante sentiu-se lesado em sua reputação como gestor sério e responsável, que não fosse a busca pela tutela do Estado”, destacou.
Audiência
A promotora Débora Maria Freitas Said, da 16ª Promotoria de Justiça, requereu a realização de uma audiência preliminar que será realizada no dia 2 de abril de 2020 com a presença de Helder Damásio e Emmanuel Fontes, para tratar sobre o caso.
Outro lado
Procurado pelo GP1, nessa sexta-feira (20), o médico Helder Damásio informou que não estava sabendo da ação. “Eu não estava sabendo disso e no momento eu não vou poder me manifestar. Eu preciso primeiro olhar a ação para poder ver que providências eu irei tomar”, afirmou o médico.
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