A Polícia Rodoviária Federal do Piauí (PRF-PI), conseguiu realizar a apreensão de quase 500m³ de madeira ilegal e deteve 20 pessoas por uso de documento falso na Operação Caroá II, em conjunto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (Semar), entre os dias 29 de outubro e 07 de novembro, no sul do Estado.
Conforme o superintendente da PRF-PI, Stênio Pires, a madeira ilegal não estava sendo extraída somente do Piauí e também tinha origem do estado do Pará. O objetivo da ação era combater crimes ambientais praticados por madeireiros no transporte de madeiras sem a devida regularização ambiental.
“Já estamos com 80% de aumento no número de madeira apreendida em relação ao mesmo período do ano passado. Vale ressaltar que a grande parte dessa madeira está sendo extraída não no estado do Piauí, a grande origem dessa madeira é no estado do Pará”, informou.
Piauí como rota
Ainda de acordo com o Stênio Pires, devido a origem da madeira ser do estado do Pará, boa parte dela tinha como destino outros estados do Nordeste, sendo que também foi identificado madeiras com destino para Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espirito Santo. Com isso o Piauí acabou se tornando uma rota para realizar a transferência dessa madeira ilegal.
“Por não ter extração forte aqui no Piauí, nossas rodovias, são utilizadas como rota de madeira que é extraída na região Norte para os demais estados. E existem vários fatores, nós temos a questão do sul do Piauí, onde existe uma fiscalização mais frágil por parte da própria PRF, onde nós não temos unidades operacionais e isso faz que com que a fiscalização seja mais fraca naquela região. Também a questão da dificuldade da fiscalização por parte dos órgãos ambientais e isso faz que aquele trecho, aquela região seja procurada por pessoas para transitarem essa madeira”, ressaltou.
Ibama
O Superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), San Martins Linhares, destacou que a madeira apreendida deverá ser encaminhada para órgãos públicos, após ser analisada.
“Dentro do Ibama existem critérios, existem resoluções existem regras para se fazer a descarga do material apreendido. Nós temos uma comissão que avalia quais são as entidades que estão aptas, documentalmente para poder receber essa madeira apreendida. Então, órgão público tem prioridade sobre órgão privado. Então, essa documentação é analisada, depois vem para o superintendente para fazer a destinação dos bens”, disse.
Resultados da operação
A operação aconteceu simultaneamente em vários municípios. Foram apreendidos 492,0 m³ de madeira em 18 ocorrências verificadas, 20 documentos foram apreendidos por suspeitas de inautenticidade. Estiveram envolvidos na operação 23 agentes da PRF, cinco representantes do Ibama e três auditores fiscais da Semar, além de seis viaturas.
Toda a madeira apreendida foi encaminhada ao Ibama e a Semar para as providências que o caso requer. E as pessoas detidas foram encaminhadas à Policia Civil para as providências necessárias.
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