Em entrevista ao GP1 nesta quarta-feira (16), o coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – GRECO – delegado Tales Gomes, explicou como atuavam os quatros hackers presos em Teresina, suspeitos de aplicar golpes bancários no interior do Piauí.
Conforme o delegado, os suspeitos agiam inicialmente conseguindo dados de clientes correntistas, em seguida o grupo conseguia documentos das vítimas e com isso, os dados eram apagados e trocados por outros. Os acusados foram identificados como Deividi Rodrigues de Oliveira, Franciel Arnaud Pinto, Nayza Regina dos Santos Câmara e Rodrigo Cunha das Neves.
- Foto: Divulgação/SSP-PIAcusados presos pelo GRECO
Ação dos hackers
“Nossa equipe de investigação levantou informações sobre a presença desse grupo aqui em Teresina e eles são hackers, que obtinham dados para fazer saques. Identificamos um dos locais onde eles estavam hospedados, cumprimos a busca e a apreensão, fizemos a vigilância e constatamos através destas vigilâncias, que o Deivid era o responsável por conseguir os dados dos correntistas; o Franciel, a partir desses dados, pegava documentos verdadeiros, apagava o conteúdo desses documentos, substituía os dados dos correntistas e colocava a foto da Nayza e do Rodrigo para que eles fossem até o interior do estado, em cidades de Campo Maior, Altos, Piripiri, José de Freitas, Floriano”, explicou.
Três crimes
Ainda conforme o delegado Tales Gomes, os suspeitos estavam no Piauí há cerca de dois meses e vão ser autuados pelos crimes de organização criminosa, uso de documentação falsa e estelionato.
- Foto: Fábio Wellington/GP1 Delegado Tales Gomes
“Eles compareciam as agências bancárias e efetuavam os saques, estavam aqui no Piauí há cerca de dois meses. Nos últimos 15 dias começamos as investigações. Eles vão ser autuados por organização criminosa, uso de documentação falsa e estelionato e após o interrogatório serão encaminhados para o sistema prisional”, ressaltou.
Dados de 5 mil pessoas
Os quatro suspeitos, são oriundos dos estados do Pará e Maranhão. Nos computadores deles, os investigadores do GRECO encontraram cerca de 5 mil dados de pessoas. “Eles são do Pará e do Maranhão, os três homens são do Pará, e a mulher do Maranhão. Dois deles, no caso o Deivid e o Rodrigo já respondem pelos mesmos crimes e já tem um grau de amizade de um bom tempo, são da mesma região. Conforme a narrativa da Nayza aqui, ela é garota de programa, talvez desse contexto tenha surgido uma aproximação do grupo. Nossas investigações chegaram a encontrar dados de 5 mil pessoas nos computadores deles, que estavam atuando aqui, mas já estiveram em outros estados”, finalizou.
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