O ativista Júnior do MP3 (PT) afirmou ao GP1 nessa sexta-feira (11) que tem membros do partido querendo evitar um consenso para a disputa pela Prefeitura de Teresina e causar uma desarmonia com o objetivo de impedir que a legenda tenha um candidato em 2020.
Júnior do MP3, Fábio Novo e Franzé Silva são os nomes do PT interessados em disputar a Prefeitura de Teresina. Em uma reunião realizada entre os petistas nessa semana, Franzé sugeriu a realização de uma pesquisa onde a população diria quem seria o melhor candidato da legenda. Quem estivesse melhor posicionado seria o candidato do PT e os demais retirariam as pré-candidaturas. Só que alguns membros da legenda não aceitaram, como o vereador Dudu Borges que afirmou que a decisão final é da instância partidária e não de pesquisas. Franzé chegou a trocar farpas com Dudu devido a essa situação, onde afirmou que o vereador surtou após os pré-candidatos concordarem com a proposta e disse que estão querendo criar uma “guerra”.
- Foto: Lucas Dias/GP1Júnior do MP3
Júnior do MP3 afirmou que estão querendo causar discórdia entre os pré-candidatos, pois os três haviam concordado com a ideia da pesquisa. “A gente vem percebendo que tem um grupo minoritário que não quer a harmonia do partido e que não tem interesse na candidatura própria. Havia um acordo, mesmo sabendo que não havia no regimento a pesquisa sobre a candidatura do PT. Geralmente a gente atende a instância do partido, mas houve uma proposta do Franzé de uma pesquisa pública, para saber dos três quem a população de Teresina indicaria. A expectativa de todos era que eu não aceitaria, mas como era uma pesquisa isenta, feita direcionada a população de Teresina, claro que eu aceitei. Depois que eu aceitei, dois companheiros surtaram imediatamente, puxaram o regimento interno do partido e começaram argumentar que o regimento não permitia”, afirmou.
Ele destacou que o acordo firmado permitia um consenso. “A gente sabe que não tem no regimento [a realização de pesquisa], mas estamos fazendo um acordo de companheiros para que o partido tenha o mais breve possível um candidato próprio, para entrar em 2020 já divulgando o nosso pré-candidato escolhido de forma democrática”, destacou.
O ativista afirmou que tem pessoas na legenda que não querem que o PT lance um candidato e que apoiam outras pessoas. “Tem um grupo aí que puxa para determinado candidato que não é do PT, e o outro que puxa para outro candidato. A gente lamenta isso, está parecendo 2016. Está do mesmo jeito, o modo operante tentando tumultuar, tentando desacreditar os candidatos para que no final a gente tenha atritos, que a gente não consiga mais consolidar uma candidatura própria. Uma ou duas pessoas querem que o PT seja vice de um candidato, e outros para ser vice de outro candidato, então é ruim, lamentável, eu nunca pensei que iriamos estar repetindo os atos de 2016. Vamos continuar denunciando isso. Não vamos entrar mais no consenso”, lamentou Júnior do MP3.
Franzé também faz críticas
Na quinta-feira (10), o deputado estadual Franzé Silva afirmou que o vereador Dudu surtou por " por não aceitar a decisão do partido de realizar pesquisas para definir o nome que vai disputar a Prefeitura de Teresina e que ele está tentando criar uma “guerra” desnecessária dentro da legenda.
- Foto: Alef Leão/GP1Deputado Franzé Silva
Franzé disse que se a pesquisa for realizada, após a definição do nome, a instância partidária faria a homologação. "A gente ficou sem entender até agora a situação conjuntural do vereador Dudu, que surtou no meio da reunião, afirmando que a decisão teria que passar pela instância, mas é claro que vai passar. Aquele que for o melhor classificado [nas pesquisas] vai para a instância e ela vai homologar”, disse o deputado que destacou que “não queremos nos digladiar. Eu espero que o vereador reflita no seu posicionamento e que possamos construir uma unanimidade”.
Dudu é contra pesquisas
Segundo o vereador Dudu Borges, o Partido dos Trabalhadores nunca se baseou em pesquisa para definir quem será o candidato e que não irá fazer isso agora.
- Foto: Lucas Dias/GP1Vereador Dudu
“Independentemente da opinião pública temos que ter uma regra executada pela direção do partido, então o melhor instrumento é um encontro do diretório municipal que está marcado para a próxima terça-feira. Lá é uma instância superior do município que tem o poder de deliberar e encaminhar ações que tenham segurança partidária. Não podemos passar em cima da direção atual que é a do Paixão. Pesquisa de opinião nunca foi um instrumento no partido para balizar”, disse Dudu.
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