O vereador Dudu Borges (PT) criticou nessa quarta-feira (9) a declaração do deputado estadual Franzé Silva (PT) que defendeu, durante reunião do PT com a presença do governador Wellington Dias, ocorrida na última segunda-feira (07), a realização de uma pesquisa para definir o nome petista que será lançado na disputa pela prefeitura de Teresina. Segundo o vereador, o Partido dos Trabalhadores nunca se baseou em pesquisa para definir quem será o candidato e que não irá fazer isso agora.
Durante a reunião da última segunda-feira, que contou ainda com a presença de vereadores, deputados e demais membros do PT, foram discutidas as estratégias da legenda para a eleição de 2020, ocasião Franzé defendeu seu posicionamento, no entanto, Dudu afirma que não se deve confiar em pesquisas, mas na decisão da executiva que daria mais legitimidade ao processo de escolha.
- Foto: Lucas Dias/GP1Vereador Dudu
“Teve um encaminhamento pedindo a realização de pesquisa para definir o candidato e eu discordo porque tem a instância partidária para dar segurança ao processo. Independente da opinião pública temos que ter uma regra executada pela direção do partido, então o melhor instrumento é um encontro do diretório municipal que está marcado para a próxima terça-feira. Lá é uma instância superior do município que tem o poder de deliberar e encaminhar ações que tenham segurança partidária. Não podemos passar em cima da direção atual que é a do Paixão. Pesquisa de opinião nunca foi um instrumento no partido para balizar, por isso o PT é o maior do país e respeita a hierarquia”, disse Dudu.
Franzé Silva, Fábio Novo e Júnior do MP3 são os três nomes do PT que manifestaram interesse em disputar a prefeitura de Teresina. O vereador Dudu afirmou que recente pesquisa feita pelo partido coloca na frente o pré-candidato que ele apoia, o deputado Fábio Novo, mas que mesmo assim não acredita que isso deve ser fundamental na escolha da legenda.
“Ontem saiu uma pesquisa que o Fábio Novo está na frente, por isso eu estou dizendo que não pode simplesmente pegar uma pesquisa de opinião pública e balizar uma estratégia de partido, primeiro porque pesquisa é muito sazonal, ela vai e vem e depende de momentos. O PT nunca, nesses anos todos, se balizou com questão de pesquisa, nunca se balizou. Até porque se fosse assim, lá atrás o Wellington não teria sido governador, porque ele não tinha nem um ponto percentual para ganhar a eleição e nem o Lula. O PT discute com a sociedade e com a instância partidária, para que depois não sofra atropelos”, destacou.
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