Em entrevista à imprensa, na manhã desta terça-feira (8), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou que a reunião com o governador Wellington Dias (PT) e a bancada federal do Piauí foi proveitosa e falou da importância de uma sintonia entre o Estado e o Governo Federal.
O parlamentar declarou que não veio ao estado angariar apoio do governador, já que ele “não vota”. “Não vim pedir apoio ao governador, o governador não vota. Eu vim dialogar com ele como eu dialoguei com os deputados, vou continuar dialogando e nós vamos tratar da questão eleitoral de forma mais específica mais na frente”, afirmou.
Maia disse que o presidente da Casa deve representar todos os deputados federais independente dos partidos aos quais são filiados: “O presidente da Câmara é o presidente de todos os 503 deputados, ninguém pode ser presidente da Câmara de A, B ou C, é da representação da sociedade que foi eleita e está representada em cada um dos deputados”, continuou o presidente.
- Foto: Lucas Dias/GP1Rodrigo Maia e o governador Wellington Dias
Interlocutor do Piauí
O presidente da Câmara se colocou como interlocutor do Piauí no Governo Bolsonaro. Maia disse que é necessário “pactuar” a agenda dos municípios, estados e Governo Federal.
“Nós precisamos pactuar essas agendas no Brasil entre o Governo Federal, os estados e os municípios, pactuando as agendas a gente consegue superar esse momento de dificuldade com dois pontos fundamentais, um nas contas públicas, começando pela Previdência e o outro na Segurança Pública”, disse.
Para Maia, essa integração entre as federações e o Governo Federal: “Então, eu acho que a gente tem condições, independente do partido de cada um, que a Câmara, o Senado, com a federação, uma relação de diálogo e a gente possa ser um instrumento de articulação dessa parte da federação com o Governo Federal para que a gente tenha pautas que saiam da questão ideológica e que tenham um objetivo específico, que o Estado brasileiro como um todo, volte a ter capacidade de investir em segurança, em saúde, em educação para a população brasileira”, continuou Maia.
- Foto: Lucas Dias/GP1Rodrigo Maia busca apoio a sua reeleição como presidente da Câmara
Reforma da Previdência
Maia avaliou que atualmente a Previdência “beneficia os ricos em detrimento dos mais pobres” e que a reforma precisa ser logo apresentada e votada para que o estado seja “mais justo”.
“Precisa sair para que o estado brasileiro seja mais justo. Hoje a previdência brasileira beneficia os ricos em detrimento dos mais pobres e acaba faltando recurso para que os brasileiros mais simples possam ter recursos para a saúde e educação”, disse.
Sobre o fatiamento da reforma, Maia entende que é melhor manda-la à Câmara de uma só vez e explicar para a população. “Tem que ver qual é a proposta que o governo vai encaminhar. É um tema que é difícil. Se a gente botar de uma vez só, com cuidado, explicando para a sociedade, eu acho que tem mais chances de sucesso do que fatiá-lo”, concluiu.
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