Com o intuito de divulgar a produção científica da rede pública estadual para um maior e incentivar o desenvolvimento de novos projetos, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) realizou nesta sexta-feira (21) o IV Circuito de Ciências das Escolas Públicas Estaduais na Universidade Federal do Piauí (UFPI) no Campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina.
150 escolas de todo o estado inscreveram projetos científicos com os mais diversos temas voltados para a redução das desigualdades, além de robótica, reutilização de materiais, entre outros subtemas.
- Foto: Divulgação/AscomIV Circuito de Ciências das Escolas Públicas Estaduais
Laís Ribeiro faz o 2º ano do ensino médio no Centro de Educação em Tempo Integral (Ceti) João Henrique Sousa, ela e mais sete alunos desenvolveram um protótipo para facilitar o momento do banho para pessoas com deficiência física. “Tomar banho parece ser uma coisa muito simples, mas esse projeto pode proporcionar mais conforto no momento da higiene pessoal. É muito bom ver que nossa ideia deu certo. No início nos inscrevemos apenas para participar, depois fomos aprimorando e ficou muito bom, fomos inclusive elogiados pela Ceir (Centro Integrado de Reabilitação)”.
Dois trabalhos do Ceti João Henrique Sousa foram escolhidos na primeira fase. A professora Djanira Alencar, diretora do Ceti, ficou orgulhosa com a participação dos alunos. “Nossos alunos se dedicaram durante um bom tempo do período letivo para produzir e apresentar os trabalhos, que estão sendo muito produtivos e podem atender as necessidades da sociedade”, diz ela.
O professor de física e coordenador do Liceu Piauiense, Antônio Rodrigues, frisa o momento ímpar dentro da pesquisa e iniciação científica. “Grandes projetos nascem dentro de escolas públicas. Esse é o momento que tanto a UFPI quanto a Seduc estão de parabéns. Nosso projeto é de robótica. Aplicar o protótipo em algum problema que eles vêm dentro do espaço em que eles vivem pode sim diminuir a desigualdade, dentro da proposta apresentada para eles”, destaca o professor.
Foi assim que a turma de quatro alunos do Liceu resolveu ajudar deficientes visuais com um protótipo para ajudar na locomoção. “Me interessei bastante em poder ajudar os deficientes visuais que enfrentam muitas dificuldades. Esse projeto possibilita a inclusão do deficiente na sociedade como uma pessoa normal assim como qualquer outro”, relata Marcos Vinícius Moreira, 15 anos, que está no 1º ano do ensino médio.
A primeira fase do Circuito ocorreu nas escolas com o planejamento e elaboração dos banners para apresentação nesta segunda fase, considerada regional. Destes, 84 projetos serão selecionados pela comissão organizadora para a terceira etapa, que será a estadual, no dia 5 de outubro no espaço Rosa dos Ventos, na UFPI, com a presença de todas as delegações das escolas do estado inscritas no circuito.
“O interessante desde circuito é que todos os níveis de ensino estão participando, desde o EJA (Educação para Jovens e Adultos), ensino fundamental, ensino médio e educação profissional”, ressalta o gerente do ensino médio da Seduc, Clebe Gonçalves de Sousa. Ele também fala sobre a parceria com a UFPI que foi fundamental para o sucesso do evento: “buscamos a parceria no sentido de dar além da produção, uma bolsa de iniciação científica dentro da universidade. É uma felicidade enorme para nós da Seduc poder estar hoje realizando juntos com as Gerências Regionais de Educação (GREs) a segunda etapa”. Os campeões do circuito e da feira vão receber 8 bolsas de iniciação científica e smart TVs.
A novidade do IV Circuito de Ciências das Escolas Públicas Estaduais é a parceria com a I Feira de Ciências e Materiais (I FeCiMat), que surgiu a partir da iniciativa do Programa de Ciências e Engenharia de Materiais da UFPI. Esta é uma oportunidade para que ações de planejamento, execução e apresentação de projetos investigativos ocorressem no Ensino Fundamental, Médio ou Técnico com o intuito de incentivar e desenvolver projetos de Iniciação Científica na Educação Básica.
“A parceria da Seduc foi essencial para que nós pudéssemos atingir todo o estado. Nós temos 30 municípios e mais de 140 trabalhos do ensino fundamental, médio e técnico. A FeCiMat nasce dessa ideia para poder conciliar esses dois universos desde começo, da escola à pós graduação”, explica a professora doutora Josy Osajima, coordenadora da FeciMat.
A FeCiMat é realizada por um time de professores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) de diferentes Campus (Teresina, Parnaíba e Bom Jesus) com a importante parceria das Regionais da Seduc e apoio e patrocínio de vários segmentos da sociedade.
A aprovação da proposta na Chamada para Feiras de Ciências e Mostras Científicas (CNPq/CAPES/MEC/MCTIC/SEPED no 25/2017) populariza a pesquisa científica e tecnológica no Brasil por meio da aproximação e integração entre o Ambiente Acadêmico do Ensino Superior e o Ambiente Escolar da Educação Pública, nos níveis Fundamental, Médio e Ensino Técnico do Estado do Piauí.
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