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Teresina - Piauí

Bebê agredido pelo pai deve deixar o HUT nos próximos dias

“Ele está adequando a alimentação que a mãe tem em casa ao que ele precisa. Então ele deverá ter alta nesses próximos dias", disse o diretor do HUT, Gilberto Albuquerque.

O bebê Vitório, que foi agredido pelo próprio pai e perdeu o lábio inferior no último dia 14 de abril, no bairro Promorar, deve deixar o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) nos próximos dias, depois de passar três meses internado na unidade de saúde.

De acordo com o diretor do HUT, Gilberto Albuquerque, a criança deu entrada no hospital ainda recém-nascido, com apenas um mês de vida, e teve que passar por duas cirurgias para reconstrução do lábio inferior, que próprio pai agrediu com mordidas.


“Ele está adequando a alimentação que a mãe tem em casa ao que ele precisa. Então ele deverá ter alta nesses próximos dias. Ele está no setor de pediatria e agora está fazendo testes da dieta, pois no hospital se usa uma dieta específica”, pontuou o diretor.

Ainda segundo Gilberto Albuquerque, o quadro de saúde é considerado estável e o bebê que hoje está com quatro meses. “Ele já está estável há vários dias, tranquilo, mas os lábio vão ficar deformados e isso vai que ser corrigido depois, com cirurgias corretivas”, finalizou.

Entenda o caso

Plantonistas do Hospital do Promorar acionaram a Polícia Militar no dia 14 de abril, depois que uma mãe procurou a unidade de saúde com um recém-nascido com marcas de agressão, principalmente, na região da boca.

De acordo com a conselheira tutelar, Maria do Carmo, ao ser indagada sobre o que havia acontecido com a criança, a mãe informou que acordou no sábado e se deparou com o filho ensanguentado. “Depois de ter passado a noite bebendo com o companheiro ela [mãe] ‘apagou’. Quando acordou cedo, a criança começou a chorar e ela viu o bebê todo melado de sangue; entrou em desespero. A mãe enrolou a criança em um lençol, foi até a casa de um parente e depois para o Hospital de Promorar”, contou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Gilberto Albuquerque, diretor do HUTGilberto Albuquerque, diretor do HUT

Ainda de acordo com a conselheira, quando chegou ao hospital, a mãe não soube dizer o que realmente havia acontecido e levantou suspeita da equipe pediátrica. “Chamaram a polícia, que acompanhou a mãe até na residência para ir atrás do companheiro, mas ele estava na casa de um parente no Promorar. Ele não teve reação nenhuma”, frisou.

Prisão preventiva

A coordenadora da Central de Flagrantes de Teresina, delegada Ana Luiza, informou que no dia seguinte ao crime o pai, Francisco das Chagas Vieira Batista, foi encaminhado para a Audiência de Custódia, onde a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. “Ele foi autuado por tentativa de homicídio e a prisão foi convertida devido à gravidade do caso e, também, por ele coabitar com a criança”, contou.

A delegada informou ainda que a mãe confessou que o acusado fez uso de crack no dia da agressão. “A mãe relata que, além do álcool ele teria feito uso de crack naquela noite, então provavelmente ele fez essa barbárie em razão do entorpecente”, pontuou.

As investigações sobre o caso foram repassadas para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente - DPCA.

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