Na manhã desta sexta-feira (13) agentes da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sul (SDU - Sul) realizaram a remoção de vendedores ambulantes que vendiam alimentos em frente ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT). A ação causou revolta nos trabalhadores.
Em vídeo repassado em grupos de WhatsApp, uma ambulante identificada como Margarete lamenta a ação dos agentes da SDU. Para reaver seus pertences levados pela fiscalização, a vendedora teria que pagar uma multa no valor de R$ 200.
“É uma humilhação muito grande a gente querer trabalhar e acontecer esse tipo de coisa”, disse Margarete.
Outro lado
O GP1 entrou em contato com Paulo Lopes, Superintendente da SDU-Sul, que justificou que a ação se deu porque “é proibido comercializar comida na frente dos hospitais, como no caso do pronto-socorro, o HUT, não é permitida a manipulação de alimentos”.
Paulo disse ainda que essas ações são constantes em vários hospitais da capital, devido às recomendações da Vigilância Sanitária. Segundo o gestor, os vendedores ambulantes são informados que não é permitida a venda de alimentos na proximidade de unidades de saúde.
“Eles são orientados a não ficarem próximos, a ficarem distantes e eles insistem em ir para frente, principalmente do HUT. Essa ação não foi só agora não, ela existe permanente. Eles são orientados, às vezes a gente faz só notificar, algumas vezes a fiscalização de tanto reiterar temos que apreender as coisas”, explicou.
Questionado sobre o caso de Margarete, que afirmou estar no local desde a criação do HUT, Paulo afirmou que “toda semana é dito que não pode ficar” no local e que os ambulantes sempre são notificados e retornam ao local.
“O Ministério Público, como a gente já recebeu várias recomendações, querem até abrir procedimento ação civil pública contra a prefeitura por conta disso. É uma questão de saúde pública. Esse trabalho é feito em parceria com a vigilância sanitária”, disse.
Sobre a multa de R$ 200 que o vendedor ambulante precisaria pagar para ter de volta seus pertences, o superintendente disse que “é o procedimento normal, mas a gente nem cobra, a gente libera, mas pede para não ir de novo e aí vão de novo”, finalizou Paulo Lopes.
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