O inquérito policial que investiga a empresária e estilista Andressa Leão foi prorrogado por mais 90 (noventa) dias após solicitação do delegado Josimar de Sousa Brito, da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Contra as Relações de Consumo – Deccortec. O juiz Luiz de Moura Correia, da Central de Flagrantes concedeu, em 14 de março deste ano, prazo para que sejam ultimadas as investigações.
- Foto: Facebook/Andressa Leão StoreAndressa Leão
Andressa Leão está sendo alvo de inquérito por determinação da promotora Maria das Graças do Monte Teixeira, da 32ª Promotoria de Justiça de Teresina, após notícias veiculadas pela imprensa com a informação que a estilista divulgava suas mercadorias como pertencentes a marca própria, mas na verdade comercializava produtos adquiridos na região do Brás, em São Paulo, conhecida pelo comercio têxtil, adulterando a etiqueta original da marca pela sua etiqueta, elevando em até 10 vezes o valor do produto. A promotora reputa como caracterizados indícios de ilícitos penais tipificados no art.7º, IV, da Lei 8.137/90 (crimes contra as relações de consumo), art.189, III, da Lei 9.279/96 (crime contra registro de marca) e arts. 66 e 67 do Código de Defesa do Consumidor, que tipifica os crimes de propaganda enganosa.
O inquérito foi instaurado através da portaria n°29- Deccortec/2017, de 27 de abril de 2017.
Entenda o caso
Foi amplamente divulgado nas redes sociais a informação que a empresária e estilista piauiense Andressa Leão é acusada por clientes de comprar roupas no Lojão do Brás, loja popular de confecções que fica em São Paulo, e revendê-las como se fossem suas, trocando apenas a etiqueta.
A notícia tomou uma grande proporção e fez com que a marca se pronunciasse através de nota divulgada em 15 de fevereiro deste ano, esclarecendo que é responsável pela produção de 70% de suas peças e as demais são produzidas em parceria com fábricas nacionais que terceirizam a produção.
Estilista se defende
Andressa Leão se manifestou através de um vídeo divulgado em uma rede social se defendendo das acusações. Ela admitiu que nem todos os produtos comercializados por sua marca são fabricados por sua empresa, e que 10% deles são comprados de outras fábricas.
Andressa Leão explicou que suas peças podem sim estar sendo vendidas em locais mais populares como o Bom Retiro, distrito da cidade de São Paulo (SP) conhecido por abrigar grande comércio de moda de preço acessível. “Menos de 10% dos nossos produtos foram comprados de fábricas que revendem para empresas de grande renome e que também revendem em lugares de preços mais acessíveis, como por exemplo o Bom Retiro, de quem tanto estão falando por aí. Não chegamos a comprar no Bom Retiro, mas eles podem ter produtos iguais aos nossos, como vários outros lugares também podem ter. Nosso trabalho é com qualidade, são peças escolhidas a dedo e podemos sim colocar nossa etiqueta, e a partir do momento em que ela sai da fábrica, eu assumo a responsabilidade sobre a peça e ela leva minha etiqueta”, declarou.
Outro lado
A gerente da empresa Andressa Leão Store, Thaisa, afirmou ao GP1 que não tem conhecimento da prorrogação do inquérito. Ela disse ainda que acreditava que a investigação já havia sido encerrada.
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