A Serttel Soluções em Mobilidade e Segurança Urbana LTDA., empresa contratada pelo prefeito Firmino Filho tem a corrupção como uma de suas práticas habituais. É o que diz o juiz Sergio Bernardinetti, da Vara Criminal do Fórum Regional de Araucária, no Paraná, ao receber denúncia em ação penal contra dois sócios da empresa, Ângelo Jose Barros Leite e Israel Leite de Araújo, tio e sobrinho, acusados de corrupção ativa, crime tipificado no art. 333 do Código Penal. A pena para o crime é a de reclusão de até 12 anos.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1Prefeito Firmino Filho
Contrato foi publicado em janeiro
A empresa foi contratada por Firmino Filho para realizar estudos com a finalidade de auxiliar a administração na estruturação de contrato ou parceria com a iniciativa privada para a implementação de um sistema de estacionamento rotativo em vias públicas e edifício garagem em Teresina e a implantação de sistema de compartilhamento de bicicletas. O contrato foi publicado no Diário Oficial do Município de Teresina, em 10 de janeiro deste ano.
Sede em Recife/PE
A Serttel LTDA, sediada em Recife/PE, é uma das maiores prestadoras de serviços do país no ramo de mobilidade urbana e mantém contratos administrativos com órgãos públicos em todo o Brasil.
Empresa possui departamento de propinas
A empresa, segundo o magistrado, possui um departamento de propinas plenamente aceita por seu sócio-proprietário [Ângelo Jose Barros Leite], que, inclusive, mantém funcionários “fantasmas" especificamente para tais funções.
“O modus operandi demonstrado neste processo evidencia que os fatos não são inéditos na empresa. Ao contrário, autorizam a conclusão de que citada empresa tem na corrupção uma de suas práticas “comerciais” habituais, plenamente aceita por seu sócio-proprietário, que, inclusive, mantém funcionários “fantasmas" especificamente para tais funções, como “departamento de propinas”.
Sócios da empresa tiveram prisão preventiva decretada
Ângelo José Barros Leite e Israel Leite de Araújo tiveram as prisões decretadas a pedido do Ministério Público do Paraná na 4ª Fase da Operação denominada “Fim de Feira”, que investiga crimes de corrupção ativa e passiva em contratos firmados pela municipalidade de Araucária com a empresa de implantação, operação, manutenção e gerenciamento de sistema de estacionamento rotativo pago de veículos.
A Operação foi realizada pelas Promotorias de Justiça de Araucária e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com participação dos Gaecos de São Paulo e de Pernambuco.
Entre os investigados, está o ex-prefeito de Araucária, Rui Sérgio Alves de Souza, preso na 1ª fase da Operação, em dezembro de 2016 e condenado em primeira instância.
A Justiça também determinou o sequestro de R$ 1.287.947,86, valor estimado da vantagem recebida pelos crimes cometidos.
A audiência de instrução do processo está marcada para o dia 18 de junho de 2018.
Outro lado
O prefeito não foi localizado pelo GP1.
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