O juiz de direito Antônio Reis de Jesus Nolêtto, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia contra Bruno Cardoso Guedes da Silva, soldado da policial militar do Maranhão, acusado do assassinato de Anderson Oliveira Souza. A decisão é de 8 de março deste ano.
Anderson foi morto a tiros, no dia 8 de janeiro de 2016, em uma estrada vicinal localizada depois do condomínio residencial Fazenda Real, na BR 343, zona rural de Teresina. Na época, a polícia informou que Anderson era suspeito de ter matado o pai do policial militar identificado como Guedes, há seis meses.
Na decisão, o juiz destacou que “ficou demonstrada a justa causa para a deflagração da ação penal, uma vez que se encontram presentes a prova da materialidade do fato, pelo laudo cadavérico da vítima, recognição visuográfica de local de crime e indícios de autoria/participação atribuída ao denunciado, evidenciados pelos depoimentos testemunhais colhidos durante a investigação criminal”.
Bruno foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado cometido mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe e à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido.
A audiência de instrução e julgamento do processo quando serão ouvidas as testemunhas, acusado e, na sequência, realizados os debates orais está marcada para o dia 2 de abril de 2020, às 10h30.
O crime
A execução de Anderson Oliveira Souza aconteceu por volta das 6h, quando quatro homens invadiram a residência da vítima, no bairro Monte Verde, e o levaram algemado. Os suspeitos usavam capuz e fugiram em um veículo de passeio.
A família de Anderson presenciou o momento do sequestro. Horas depois, o corpo foi encontrado com marcas de quatro tiros na cabeça e um no pescoço.
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