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Teresina - Piauí

Presidente da Eletrobras é ferido em audiência sobre privatização

Segundo informações da assessoria da Eletrobras, o presidente passa bem e o episódio não será comentado.

Uma audiência realizada no auditório do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Teresina (Sindilojas) para discutir a privatização da Cepisa, que atualmente é administrada pela Eletrobras Distribuição Piauí, terminou em confusão. O presidente da concessionária no Piauí, Arquelau Siqueira Amorim Júnior chegou a ficar ferido após um estofado de cadeira ter sido jogado contra ele.

Segundo informações da assessoria da Eletrobras, o presidente passa bem e o episódio não será comentado. A audiência foi organizada pelo BNDES e pelo Ministério de Minas e Energia. Ela é considerada obrigatória para que seja dada continuidade ao processo de privatização da concessionária.


  • Foto: Facebook/Paulo SampaioPaulo SampaioPaulo Sampaio

Em entrevista ao GP1, o presidente do Sindicato dos Urbanitários, Paulo Sampaio, informou que irá ingressar com uma ação popular, pois não considerou que a reunião foi válida, já que os servidores não tiveram o direito de se manifestar, o que causou muita tensão e três pessoas ficaram detidas, mas já foram liberadas.

“Desde o início da audiência, ela foi muito tensa. Os trabalhadores da Cepisa apareceram em massa. Os seguranças particulares que foram contratados e a própria polícia que estava lá, foram violentos. Violência gera violência. Então teve esse momento e entendemos que essa audiência é nula, pois quando abriram espaço para as pessoas da sociedade darem sua opinião, não apareceu nenhum dos nomes que estavam na lista. Fizeram a chamada de várias pessoas e ninguém estava presente e aí ficou uma coisa unilateral. Em trinta minutos eles deram como encerrada e a mesa foi desfeita. Três servidores foram detidos apenas lá no local, durante a audiência, mas já foram liberados”, disse.

A regularidade da audiência será questionada na justiça. “Vamos ingressar com uma ação popular e inclusive o cancelamento dessa audiência, que foi feita em um espaço pequeno, não cabia nem 300 pessoas e eles suspenderam o credenciamento, sem contar que tudo mal foi divulgado, poucas pessoas sabiam dessa reunião. A audiência é um pré-requisito para dar continuidade ao processo de privatização. Existe preocupação de mudar de uma empresa estatal para privada, a ameaça de demissão e a gente sabe que a tarifa de energia já não é barata, e ainda terá a privatização”, explicou.

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