Familiares de pessoas que portam algum tipo de deficiência irão promover um ato público que visa denunciar as negligências praticadas pelo plano de saúde da Unimed. A manifestação vai acontecer nesta sexta-feira (23), às 8h30min, em frente ao Hospital Unimed, no bairro Primavera, zona norte de Teresina.
A iniciativa surgiu por meio de Gilmara Costa, mãe do jovem Edson Neto, de 17 anos, que possui paralisia cerebral, disfagia grave e escoliose múltipla. Além disso, o adolescente se alimenta por meio de uma sonda gástrica, possui 32 parafusos na coluna e recentemente adquiriu diarréia crônica.
- Foto: DivulgaçãoEdson Neto, filho de Gilmara Costa que está internado há quase vinte dias
“Desde o dia em que meu filho adquiriu essa doença, eu corro atrás de médico. Ele ficou internado e, após três dias, o hospital enviou uma gastroenterologista que realizou um exame com o Edson e nunca mais voltou, pois alegou não atender pessoas da idade dele. Meu filho foi liberado e no outro dia, a situação dele piorou. O diretor do hospital, na última terça-feira (20), chegou a me dizer que possivelmente esta doença não teria cura. O Edson voltou para o hospital e está a quase vinte dias internado e nunca mais enviaram um gastro para atendê-lo”, contou.
Gilmara conta com o apoio da Ordem de Advogados do Brasil (OAB) e do Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI). Ela também descobriu que muitas outras pessoas já passaram pela mesma situação e chegaram a perder seus entes por conta deste descaso. “Quando se trata de pessoas com deficiência, o gasto é enorme e eles preferem matar a família no cansaço para que desistimos. Converso com muitas mães que passam por isso ou que já passaram e perderam seus filhos por conta dessa negligência. Esse ato não se trata apenas da situação do Edson, mas sim de todas pessoas que estão passando por estes problemas e não são ajudadas”, destacou.
Outro lado
Procurado na manhã desta quinta-feira (22), os representantes da Unimed não foram localizados. O GP1 está aberto para esclarecimentos.
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