O vereador Dudu (PT) vai pedir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar o contrato celebrado entre o prefeito Firmino Filho (PSDB) e o empresário Venilson de Oliveira Rocha, preso pela Polícia Federal que recebeu valores milionários de Firmino, conforme denunciou o GP1. Dudu afirmou na tarde desse sábado (06) que solicitará a CPI assim que os trabalhos na Câmara Municipal retornarem, no dia 02 de fevereiro.
- Foto: GP1Dudu x Firmino Filho
“Agora o prefeito se dá o direito de estar pagando empresas que tem questionamentos junto à Justiça, que é o caso desse empresário, isso não sou eu quem está dizendo, é a Polícia Federal. Uma lei de minha autoria e do coronel Edvaldo Marques (ex-vereador), já adverte para isso, proibindo qualquer empresa que tenha questões na justiça de contratar com o município”, declarou Dudu ao GP1.
- Foto: Câmara Municipal de Teresina Venilson de Oliveira Rocha e Edson Melo
Dudu argumentou ainda que, se Firmino não tiver algo a esconder, deve permitir que sua base na Câmara concorde com a CPI. “Uma CPI vai tirar a fundo tudo o que está sendo transitado na Justiça, vai beneficiar inclusive o prefeito, por isso peço que autorize sua base a ajudar, porque é bom para ele, se ele não tem nada a esconder que ele possa na CPI ter a garantia e provar que tudo o que vem fazendo está normal”, finalizou.
Entenda o caso
Preso pela Polícia Federal na denominada ‘Operação Argentum’, deflagrada em outubro de 2017, acusado de ter se beneficiado de licitações fraudulentas e participado de organização criminosa com o intuito de desviar recursos de precatório do Fundef na cidade de Prata do Piauí, o empresário Venilson de Oliveira Rocha, proprietário da empresa VR Serviços - Venilson de Oliveira Rocha-ME, recebeu do prefeito Firmino Filho, de 2013 a 2017, a cifra de R$ 8.101.456,76 (oito milhões, cento e um mil, quatrocentos e cinquenta e seis reais e setenta e seis centavos) referentes a locação de automóveis.
Os valores são provenientes de contratos celebrados com as mais diversas secretaria e órgãos da Prefeitura de Teresina.
A VR Serviços tem como atividade econômica principal a construção de edifícios e mais outras dez atividades secundárias, das mais diversas e dispares, dentre elas, locação de automóveis, limpeza em prédios e em domicílios, lavagem de automóveis, bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas, atividades paisagísticas e aluguel de máquinas.
A VR Serviços para o Ministério Público Federal é meramente de fachada, pois a Polícia Federal efetuou diligências para localizar a sede da empresa e foi constatado o funcionamento em outro endereço.
O que diz a Prefeitura
O secretário de Comunicação da Prefeitura, Fernando Said, afirmou que “havendo algo de concreto a Prefeitura saberá se manifestar”.
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