Presa pela Policia Federal na denominada ‘Operação Argentum’, a esposa do ex-prefeito Antônio Gomes de Sousa, o ‘Antônio Parambu’, da cidade de Prata do Piauí, Mirly Machado Araújo, teve negado pela Justiça Federal pedido de liberdade provisória.
O juiz Agliberto Gomes Machado, da 3ª Vara Federal, no entanto, deferiu pedido para que possa deixar os filhos no colégio, devendo a medida ser comprovada com certidão de matrícula e horário de saída e entrada dos menores que vierem a estudar. O órgão responsável pelo monitoramento eletrônico deverá ser oficiado para que fique ciente dos horários para saídas/retornos.
A decisão foi dada no dia 25 de janeiro deste ano.
A Operação Argentum
A operação foi realizada pela Delegacia de Repreensão a Corrupção e a Crimes Financeiros da Polícia Federal no Piauí, comandada pelo delegado Reinaldo Camelo, em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), a Controladoria Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE), o Ministério da Fazenda, entre outros órgãos que fazem parte da rede de controle.
- Foto: Facebook/Mirly MachadoEx-prefeito Parambu e a esposa
A Controladoria-Geral da União constatou contratações irregulares e movimentações bancárias anormais com recursos federais referentes a recursos do precatório do Fundef. Parambu usou o dinheiro para fazer pagamentos a empresas de fachadas e fantasmas. Três desses proprietários das empresas de fachada são sobrinhos de Parambu, que estão entre os presos. Antônio Parambu e a esposa, juntamente ao ex-membro da Comissão de Licitação, e mais sete empresários, dentre eles, Webston de Carvalho Lima e o filho Antônio Marcolino Ferreira Neto (sócios na Empresa Contabilidade Pública de Municípios Ltda.) são acusados de desvio de recursos públicos federais. Todos foram presos na operação.
Como funcionava o esquema
O ex-prefeito Antonio Parambu, após ter sido derrotado nas eleições municipais de 2016, empenhou-se em obter o desbloqueio das contas municipais (que se encontravam bloqueadas por decisão cautelar do TCE/PI), vislumbrando o recebimento dos recursos do Fundef que seriam pagos via precatório, para que, uma vez recebidos esses recursos no valor de R$ 2.849.823,75 há poucos dias do fim de seu mandato, pudesse distribui-los a determinadas empresas (algumas delas de ‘fachada’ ou ligadas ao contador da prefeitura, Webston de Carvalho Lima, mediante a simulação de certames licitatórios e a execução de serviços não correspondentes aos valores contratados e pagos (sendo alguns desses objetos contrários à finalidade do Fundef), bem como pudesse realizar transferências para outras contas a fim de dificultar a identificação do real destinatário das movimentações.
Presos pela Polícia Federal
Antônio Parambu e a esposa, juntamente ao ex-membro da Comissão de Licitação, Romário Lopes dos Reis e mais sete empresários, dentre eles, Webston de Carvalho Lima e o filho Antônio Marcolino Ferreira Neto (sócios na Empresa Contabilidade Pública de Municípios Ltda.) e o empresário Venilson de Oliveira Rocha foram presos na operação.
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