O ex-deputado estadual Deusimar Brito, o “Tererê” disse, durante entrevista ao GP1 nesta quarta-feira (17), que o prefeito de Teresina Firmino Filho (PSDB) quer transformar a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) em uma “capitania hereditária familiar” por tentar assegurar duas vagas no parlamento estadual com a reeleição do sobrinho, Firmino Paulo (PSDB) e com a eleição da esposa, a primeira-dama Lucy Silveira (Progressistas).
Para Tererê, a colocação do nome do deputado Luciano Nunes (PSDB) como opção para o Governo do Piauí faz parte dessa estratégia de assegurar duas cadeiras na Alepi. Segundo o ex-parlamentar, a ideia é tirar Luciano na disputa proporcional para não prejudicar Firmino Paulo e Lucy. Em contrapartida, Firmino Filho apoiaria Nunes como candidato a prefeito da Capital em 2020.
- Foto: AlepiEx-deputado Tererê
“O Firmino Filho botou a Lucy no PP para fazer duplo jogo: ‘eu elejo ela no PP e no contrapeso, dou uns apoios de lideranças para o Firmino Paulo se reeleger’. O prefeito Firmino quer transformar a Assembleia numa capitania hereditária familiar dele, colocando a mulher e o sobrinho”, disparou Tererê que prosseguiu.
“Foi esse o motivo do prefeito ter lançado o Luciano Nunes para não prejudicar os planos que ele tem de eleger os dois. Para isso, o prefeito prometeu lançar e apoiar o Luciano para a prefeitura nas próximas eleições. Ele precisa ‘dos buchas’, como o Tererê, que sempre teve no mínimo 15 mil votos para somar com a legenda e eleger quem ele quer”, desabafou o ex-deputado.
Depois de muitos anos filiado ao PSDB, Tererê confirmou sua saída do partido sob alegação de que sempre foi desprezado e nunca contou com o apoio dos principais líderes tucanos. Segundo ele, nos pleitos que já participou nunca obteve sucesso porque não teve a colaboração de seus ex-aliados.
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